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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Uma noite, a primeira e única

Se conheceram quase por acaso, tempos atrás. Nem se lembravam mais os detalhes de como tinha acontecido. Ela namorava, mas ele a elogiou, flertou com ela sem saber. O namorado ficou bravo, reagiu quando soube, mas ela não. Sorriu. Maliciosamente, sorriu.

Veio um, dois, três, quatro encontros. Mas sempre espaçados de meses e meses entre um e outro... Meses longos, que eram quebrados com beijos alucinados, sedentos, elogios talvez exagerados, masi ainda sinceros e a vontade de se ver de novo. O que só aconteceria de novo meses e meses depois...

Encontros proibidos, mas que não podiam ir além do nível 1. A vontade nunca faltava, mas o cerco só apertava mais. Ficava mais perigoso - e mais gostoso -, o que tornou os encontros mais espaçados e menos frequentes.

Até que ela ficou solteira. Por uma daquelas coisas que não sabemos bem como acontece, nem por que - e nem questionamos também. O negócio era aproveitar. E fizeram isso.

Os dois pareciam um pouco receosos. O que seria deles, agora que as barreiras não existiam mais? Experimentaram... Sentiram o gosto da liberdade, se curtiram de um jeito que nunca tinham conseguido. Não precisavam se esconder. E foi o que fizeram.

O doce sabor do proibido não existia mais. Sò que agora o gosto do prazer era mais lento, mais forte... De algum modo, o desejo aumentava mais, à medida que os dois se viam. Se tornava inevitável que as conversas de mais de dois anos chegassem à cama. Era só questão de tempo.

Não demorou para que aquele desejo inflamado um pelo outro acabasse entre os lençois. Era uma noite entre amigos, até que sentiram que não dava mais para ageuntar. Subiram para o quarto do sobrado sabendo o que fariam. Os sorrisos maliciosos que trocavam eram mais do que suficientes para despertar ainda mais desejo entre eles.

Ele se deliciou, mas ficou com a sensação que podia ter feito mais por ela. Queria ter feito mais por ela, tornar a noite mais inesquecível. Ela, por sua vez, achou que podia ter dado mais. Os dois saíram satisfeitos um com o outro, mas insatisfeitos com si mesmos.

Mas, assim como antes, os encontros estavam espaçados demais. Menos do que antes, mais do que os dois gostariam. Cada um começou a criar uma teoria da conspiração... Ela achabdo que não exercia mais a mesma atração sendo solteira. Ele não querendo pressionar alguém que acabara de sair de um namoro e com receio de se apaixonar por ela, sem poder ser correspondido.

Continuavam se falando, se desejando. Mas ela se sentia insegura. Depois de anos namorando, não sabia o que esperar dele. Ele queria mais dela, mas achava que ela queria curtir a vida de solteira. E ele tinha medo de se apaixonar, ficar ainda mais viciado nela. Sem perceber, já era fascinado por ela mais do que podia saber. Ela, sem perceber, sentia mais falta dele do que ele sequer podia imaginar.

Insegura, ela viu o ex se reaproximar. Gostou. Sentiu na aproximação a segurança que não sentia há meses. Sentiu-se abrigada. Deitou-se no deleite de um amor requentado, seguro, feliz.

Contou a ele. Achava que ele não daria tanta importância, mas ele deu. Disse a ela que não era o que ele queria, mas se era o que ela queria... E disseram, um para o outro, tudo que pensavam. E se surpreenderam. Não sabiam o que pensavam um do outro. Se arrependeram. Fizeram promessas um ao outro. Não iriam perder mais chances, nem tempo, nem que seriam enganados pelas barreiras invisíveis que tinham se imposto.

Ela voltou ao namorado. Ele foi dormir.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O episódio da música

Sábado. Sol. Cinema? Sim, por favor. Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado? Adorei.

Amiga, saudades, rever. Tudo bem e você? Sim, vamos, vamos.

Fime bom. Tocha Humana é engraçado. Quem sou eu? Tocha Humana ou Sr. Fantástico? Talvez um pouco dos dois. Sem, é claro, uma Mulher Invisível como a Jessica Alba. Dá pra mandar pra casa, por favor?

O que ela faz aí? Ué, ela está aí há dois anos. Mas eu quero curtir o reencontro com a amiga sem ela na minha cabeça o tempo todo, dá pra ser? Hum, dá mas só por uns minutos.

Vamos andar? Ver lojas, claro. Vamos sim. Cansada? Quer ir ao banheiro? Pode ir, eu espero.

Bem que se quis
Depois de tudo ainda ser feliz
Mas já não há caminhos pra voltar
E o que é que a vida fez da nossa vida?
O que a gente não faz por amor
Mas tinha que tocar essa música? A minha música com ela? Ah, eu sei, eu gosto de lembrar dela. Ela é linda, adoraria estar andando aqui com ela, de mãos dadas, dizendo que ela ficaria linda naquele vestido ali ó. Dizendo que ela ficaria melhor ainda quando eu tirasse o vestido dela...

Oi, já voltou? Ah, nada não. Tava só pensando.