Na quinta-feira à noite, todos do escritório se preparavam para sair. Seria uma noite cheia, pois nessa data se comemoraria o dia dos namorados. Mas Cleber só pensava no domingo anterior. Foi nesse dia que ele viu Suzana pela última vez.
Os detalhes ainda estão frescos em sua memória. Discutiram superficialmente sobre o fato da Suzana, ao estar dirigindo, não pegou a saída da via expressa e que teriam de contornar por um longo e tortuoso caminho, de volta para casa. A discussão foi áspera, mas brevemente esquecida. Fizeram amor naquela noite e se despediram com sorrisos no rosto.
Na segunda-feira, não se falaram. Cleber esteve ocupado o dia inteiro e só voltou para casa à tempo de dormir. Antes de pregar os olhos, porém, escreveu uma mensagem para o celular da companheira de como a noite anterior tinha sido boa.
Não havia resposta dela no dia seguinte. E assim permaneceu. Cleber decidiu ligar para Suzana, mas pôde apenas ouvir o telefone chamando até a linha cair. Tentou repetidas vezes, mas prevalecia o monótono tom de lá intercalado de silêncio.
Dúvidas mortais afligem Cleber. Será que ela foi sequestrada? Fugiu? Seria ele tão assim insuportável a ponto de alguém simplesmente fugir? Estaria ele sufocando e a impedindo de viver plenamente, de acordo com sua alma e natureza?
Silêncio. Hoje, no dias dos namorados, muito estão felizes, alguns indiferentes e outros desesperados. Cleber está vazio. Sua mente revisita cada segundo de convivência com Suzana, em busca de pistas sobre o seu desaparecimento. Saindo do escritório, Cleber caminha para o carro e encontra as flores, o porta-retrato e o DVD que comprara. Dirige instintivamente e logo se percebe parado em frente ao prédio dela.
Toca o interfone e aguarda 15 minutos. Quando vira-se para ir ao carro, uma voz feminina, eletronicamente modificada o chama. Não é a voz de Suzana.
"Desculpe, mas eu te vi pela janela". Cleber levanta o rosto e vê uma silhueta em uma janela acesa. e logo depois completa: "Pode subir".
Os detalhes ainda estão frescos em sua memória. Discutiram superficialmente sobre o fato da Suzana, ao estar dirigindo, não pegou a saída da via expressa e que teriam de contornar por um longo e tortuoso caminho, de volta para casa. A discussão foi áspera, mas brevemente esquecida. Fizeram amor naquela noite e se despediram com sorrisos no rosto.
Na segunda-feira, não se falaram. Cleber esteve ocupado o dia inteiro e só voltou para casa à tempo de dormir. Antes de pregar os olhos, porém, escreveu uma mensagem para o celular da companheira de como a noite anterior tinha sido boa.
Não havia resposta dela no dia seguinte. E assim permaneceu. Cleber decidiu ligar para Suzana, mas pôde apenas ouvir o telefone chamando até a linha cair. Tentou repetidas vezes, mas prevalecia o monótono tom de lá intercalado de silêncio.
Dúvidas mortais afligem Cleber. Será que ela foi sequestrada? Fugiu? Seria ele tão assim insuportável a ponto de alguém simplesmente fugir? Estaria ele sufocando e a impedindo de viver plenamente, de acordo com sua alma e natureza?
Silêncio. Hoje, no dias dos namorados, muito estão felizes, alguns indiferentes e outros desesperados. Cleber está vazio. Sua mente revisita cada segundo de convivência com Suzana, em busca de pistas sobre o seu desaparecimento. Saindo do escritório, Cleber caminha para o carro e encontra as flores, o porta-retrato e o DVD que comprara. Dirige instintivamente e logo se percebe parado em frente ao prédio dela.
Toca o interfone e aguarda 15 minutos. Quando vira-se para ir ao carro, uma voz feminina, eletronicamente modificada o chama. Não é a voz de Suzana.
"Desculpe, mas eu te vi pela janela". Cleber levanta o rosto e vê uma silhueta em uma janela acesa. e logo depois completa: "Pode subir".