segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Músicas silenciosas

Música que une

O casal discute na fila do metrô antes de embarcar. A discussão encerra rapidamente e um passa a ignorar o outro. Os dois entram no vagão sob um pesado silêncio.

Ele abre a mochila e retira um tocador de música. Coloca um fone de ouvido e oferece o outro a ela, que aceita. Ela ri - provavelmente da música que ele escolheu. Começam a rir juntos, conversam sobre as músicas que ouvem. Fazem as pazes.

Essa história é real.

Música que desune

O casal discute na fila do metrô antes de embarcar. A discussão encerra rapidamente e um passa a ignorar o outro. Os dois entram no vagão sob um pesado silêncio.

Ele abre a mochila e retira um tocador de música. Ele coloca os dois fones de ouvido e vira o rosto para a janela. Ela olha para ele e tenta imaginar o que estará ouvindo. Sente o isolamento como um soco no estômago. Os dois seguem a viagem magoados e pesarosos.

Essa história é real.

Ambas histórias aconteceram ao mesmo tempo, no mesmo vagão. Um casal sentou às costas do outro.


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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Olá Enfermeira, parte 2

Já há algum tempo que eu a cumprimento todos os dias. Um "bom dia" que nos habitamos a trocar por nos vermos muitas vezes durante a semana.

A primeira lembrança que eu tenho de termos nos falado com os olhos foi quando eu abri espaço para que ela passasse antes de mim - um ato de cavalheirismo, mas que sempre foi muito natural para mim, pela criação que tive. E foi quando ela abriu um sorriso capaz de fazer um dia inteiro feliz, mesmo com uma dose de bem poucos segundos.

Daí em diante, passou a ser comum nós trocarmos gentilezas - eu deixando-a passar antes, e ela me dando aquele sorriso lindo. Foi depois de algum tempo que começamos a trocar "bom dia" - o que eu diria que é uma "evolução natural".

Já neste estágio de desenvolvimento, entrei no ônibus e lá estava ela: roupa predominantemente branca com detalhes em azul, que identifica o hospital onde ela trabalha.

O lugar ao lado dela estava vazio. Não titubeei em sentar ao seu lado. E conversamos. Pela primeira vez, tivemos uma conversa além dos "bom dias" e dos sorrisos. E ela, claro, mostrou que é encantadora não só na beleza e no sorriso, mas em tudo. Fiquei com vontade de dizer a ela que aquele sorriso simples e tão bonito que me dava me fazia um bem incrível.

Nosso assunto foi vestibular. Ela me contou que era formada em enfermagem, que já tinha uma especialização e pensava em fazer uma pós-graduação. E contou ainda que fez vestibular em 2001 - o mesmo ano que eu, o que me leva a crer que temos a mesma idade.

Nos despedimos com um beijo no rosto, com aquela pele branquinha e macia encostando pela primeira vez no meu rosto. Agora, é esperar pela próxima vez que nos encontrarmos...

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O santo remédio

Fui necauteado hoje. O ar seco que colocou a cidade de São Paulo em estado de emergência tentou e tentou até conseguir me derrubar. Somando a minha rinite, o saldo é bem desagradável. Nariz entupido a noite inteira e péssimas condições para trabalhar no dia seguinte.

Resultado: passo o dia em casa, causando prejuízos ao meu empregador e à economia brasileira. Minha avó, hospedada em casa, ativa todo o seu repertório para tratar resfriado, gripes e afins. Haja gemada, remédios e anti-congestionante.

Eis que, ao fim do dia, surge ela. Carinhosa, receptiva, cuidadora, dengosa. Descobri o que é ser mimado.

De todos os remédios e tratamentos, nenhum me revigorou mais do que ela.

sábado, 8 de setembro de 2007

Paranóia

A questão é: mulher atrapalha. Não sempre, não em tudo, claro. Mas atrapalha. Nesse momento que eu preciso de tempo - em falta - e concentração, tudo que eu não preciso é de alguém que me cobre mais atenção, mais dedicação, mais TEMPO, enfim.

A culpa é minha também, é claro. Deixo acontecer, sou negligente com algumas das consequências (OBS: diz que agora não tem trema mais, então não uso... Mas é estranho!). Deixo que tudo flua demais por si só, acredito que as coisas devem acontecer naturalmente quando se trata de relacionamentos, porque de planejamento já basta o trabalho, os estudos, a vida como um todo.

Mas eu insisto. Insisto em algo que eu sei que não vai dar certo. Insisto em querer dar chance ao que só vai me dar uma coisa: menos tempo. Há de se considerar que eu tornei-me um studentholic, como citou uma reportagem da Folha. Isto pesa, porque tudo me faz crer que eu estou perdendo tempo - a não ser quando eu estou efetivamente estudando.

Ok, ok, talvez eu esteja um tanto paranóico. I think I'm paranoid, diria o Garbage.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

De volta para o futuro

Durante a adolescência, sempre vivi a situação de querer uma dezena de meninas que não me davam pelota nenhuma. Gostava, ia atrás, com aquele romantismo inocente de quem só queria expressar o que sentia.

E aí a vida veio, atropelou e mostrou: o caminho não é esse. Sem me preocupar com aquilo que aos 15 era uma crise existencial, minha vida seguiu. A trilha sonora passou de Laura Pausini a Garbage. O menino tímido, romântico e patinho feio sumiu em algum lugar de mim mesmo. Deu lugar a alguém auto confiante, bem resolvido e, vejam só, até atraente.

Aquele que se apaixonava sem ter trocado uma palavra deu lugar a alguém que não se envolve muito fácil. Avesso a relacionamentos. Feliz com a liberdade de decidir tudo sozinho. Satisfeito com a condição de solteiro.

Talvez justamente por tudo isso, hoje vivo a situação inversa do que vivi na adolescência. Já ouvi que querem de mim mais do que um amigo tanto quanto eu disse às meninas da minha adolescência.

Engraçado perceber isso, olhando para um passado que nem me parecia tão distante.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

O episódio da música

Sábado. Sol. Cinema? Sim, por favor. Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado? Adorei.

Amiga, saudades, rever. Tudo bem e você? Sim, vamos, vamos.

Fime bom. Tocha Humana é engraçado. Quem sou eu? Tocha Humana ou Sr. Fantástico? Talvez um pouco dos dois. Sem, é claro, uma Mulher Invisível como a Jessica Alba. Dá pra mandar pra casa, por favor?

O que ela faz aí? Ué, ela está aí há dois anos. Mas eu quero curtir o reencontro com a amiga sem ela na minha cabeça o tempo todo, dá pra ser? Hum, dá mas só por uns minutos.

Vamos andar? Ver lojas, claro. Vamos sim. Cansada? Quer ir ao banheiro? Pode ir, eu espero.

Bem que se quis
Depois de tudo ainda ser feliz
Mas já não há caminhos pra voltar
E o que é que a vida fez da nossa vida?
O que a gente não faz por amor
Mas tinha que tocar essa música? A minha música com ela? Ah, eu sei, eu gosto de lembrar dela. Ela é linda, adoraria estar andando aqui com ela, de mãos dadas, dizendo que ela ficaria linda naquele vestido ali ó. Dizendo que ela ficaria melhor ainda quando eu tirasse o vestido dela...

Oi, já voltou? Ah, nada não. Tava só pensando.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Ímpeto & volúpia

Ela se liberou. Soltou a leoa que guardava com esforço quase heróico. Onde se via meiguice e doçura, leia-se agora ímpeto e volúpia.

A sinuosidade do seu sorriso já sugeria sua volúpia. Ela é feroz, intensa, incontrolável. Sensual a cada pinta da sua pele clara, em cada gota de saliva, em cada pêlo que sua roupa esconde.

Um vulcão. Mas envolta, até então, por ma capa de suavidade, temperança, simpatia e meiguice. Uma capa que ela se esforçava para prevalecer alguma outra coisa. Percebia que ela estava para explodir, tamanho o esforço que ela fazia para esconder a sua intensidade incontrolável. Nunca entendi exatamente o porque.

Aquela energia sexual que ela exalava pelo poros fluiu pelas minhas veias e ferveu meu sangue. Aquela volúpia invadiu minhas artérias, encheu meu coração e explodiu meu peito. Transformou-me em puro torpor.

A volúpia que ela trazia misturou-se com meu ímpeto e fez-se veneno, capaz de provocar dores que parecem insuportáveis e prazeres que parecem incomparáveis.

Cheguei a temer que ela se envenenasse e perdesse o controle. Seguro de mim mesmo, não achava que eu mesmo pudesse mergulhar tão fundo no líquido a ponto de não precisar jamais consumi-lo novamente.

Bebia litros do veneno, que escorria pela minha boca, penetrava minha pele e dilacerava qualquer resistência que eu pudesse ter. Aquele veneno consumiu-me dos pés à cabeça. Trouxe os mais cruéis pensamentos e a mais intensa paixão.

Ela não bebia. Saboreava da minha boca o gosto do perigo. A cada momento como esse, eu me embriagava de veneno, enquanto ela sentia apenas escorrer da boca o pouco que consumia.

O perigo e uma dose de perversão em nossos atos dava tons avermelhados ao que acontecia. Ela, porém, vestia a capa que a protegia de assumir o que tinha dentro de si. Ela sabia que uma vez liberada, seria incontrolável, com conseqüências que nem ela nem ninguém poderia prever.

Sempre tive a sensação de apreciação do veneno, mesmo sabendo que consumia minhas sensações, corroía meus sentimentos. Senti-me um hedonista do século 15, em meio ao período Renascentista. O "carpe diem" daquela época, que buscava o prazer imediato, me fazia continuar. Mesmo sabendo que o risco de dor sempre era muito maior do que o de prazer.

Aos poucos e com pequenas doses dessa volúpia, me apaixonei por ela com a voracidade de um lobo selvagem. Sentia ódio por tudo que impedia da satisfação pessoal que tinha ao encher-me do veneno que só produzia quando estava com ela.

Sem perceber, aquele veneno já fazia parte do meu sangue e me consumia todos os dias, todas as noites, fins de semana e feriados.

Ela continuava vestida com a capa protetora. Ela resistia ao veneno que sabia que era produzido com a participação dela.

O veneno não tem cura. Já faz parte do meu corpo e retirá-lo significaria extrair todo meu sangue. Seus efeitos são imprevisíveis, mas uma coisa é certa: vale cada gota que eu avidamente consumi, e que hoje com volúpia, ímpeto e violência consome todos os meus sentimentos - dos mais terríveis aos mais saborosos.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Contradição feminina

(...)
- Ela fica impassível dizendo: "não sei o que te dizer, nem o que fazer"
- Bem vindo ao clube
- A minha loucura chega aos níveis de analisar cada palavra dela. E é contraditório, claro
- Claro! Ela é mulher, vc esperava o que? É engraçadinho, mas não é piada não, é sério.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Carta voluptuosa

Foi a maciez do teu olhar
Talvez teu cheiro de mistério e sensualidade
Quem sabe uma temporária fragilidade
Ouvi teu coração bater apertado
Com os olhos senti a amargura na sua boca

Seus cabelos, sempre belo
Ou tua boca seca de amargura e doce de sedução
Levaram-me a um êxtase viciante
Incomparável sensação que não repeti nunca mais

Teus olhos blindados escondem a ternura do teu olhar
O som saboroso da tua voz ouriça os mais escondidos sentimentos

Nem a violência das tuas palavras é capaz de derrubar
O mais impetuoso amor que meu coração insiste em te dar
Porque ele tem a violência do maremoto
A intensidade do bater de asas de um beija-flor
E o sabor de chocolate
A sedução escorre nos teus lábios

O gosto que não sai da boca é da tua sedução
A volúpia dos teus toques ainda parece quente
Teus dentes mordendo os lábios
Tua cintura envolta em meus braços
Te coração batendo pelo meu
Tua pele esquentando a minha
Minha barba roçando teu pescoço
Tuas mãos, suadas
Puxando-me contra teu seio
Teus olhos fechados
Os suspiros deixando meu corpo
Meus lábios encostados na sua pele
E minha voz dizendo
Que o amor que minhas palavras declamam
São impressas pelo meu corpo no seu

terça-feira, 12 de junho de 2007

Carta impetuosa

Passei a viver um período estável assim que a turbulência causada pelo amor que sinto por você passou. A impetuosidade, sempre presente no sentimento por você, não tinha mais onde se manifestar. Não tinha mais tua presença. Passou a se manifestar no trabalho e nos estudos: a vida racional.

Sem tua presença, ganhei estabilidade, frieza, agressividade, racionalidade. O teu cheiro, que me dava a sensação de manhã ensolarada, não estava mais presente. Nem teus lábios, que me despertavam um desejo quase incontrolável.

Agora só tinha sua lembrança. Tua voz foi rareando à medida que o tempo passava, embora sua beleza tenha ficado fixa na minha retina, que tentava enxergá-la em outros rostos. Em vão, claro.

Sem você ganhei paz. Mas perdi a alma...

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Olá enfermeira

Depois de passar a semana toda acordando muito cedo e dormindo tarde - como, aliás, é a minha rotina -, sexta parece o pior dia da semana. O peso das noites mal dormidas é maior, o cansaço físico e mental é maior, a paciência, inversamente proporcional aos dois itens anteriores, é menor.

Eis que entro na lotação e lá está ela. Sempre com sua calça branca e blusa azul - olá enfermeira, penso. Cabelos bem pretos, um pouco para baixo dos ombros. Pele branquinha, batom sempre com alto contraste. Traços delicados, magra, parece uma boneca de porcelana.

Vez por outra nos encontramos. De vez em quando, ainda ganho um sorriso espontâneo por ser cavalheiro e deixá-la descer primeiro quando chegamos ao destino.

Um sorriso. Um simples sorriso. E ela consegue dar uma dose de alegria no meu dia. O sol parece obedecê-la e mandar o dia nascer, só para combinar com o brilho do seu sorriso.

Nos últimos dois dias, tive o privilégio de encontrá-la. Um deles, inclusive, sentei ao seu lado. Ao pedir licença, vi seus olhos fitando nos meus e sorrindo: "toda". Gestos simples, que parecem fazer toda diferença. Se ela soubesse o quanto aquele sorriso faz bem para o meu dia, poderia mostrá-lo muito mais vezes.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Roteiro de uma história sem palavras

A música toca ao fundo.

O cheiro do churrasco predomina e a preferência é da picanha mal-passada.

Ele chega cabisbaixo. Sabe que ela vem.

Ela chega preocupada. Sabe que ele veio.

Não se falam desde a semana passada.

Ele pega mais uma cerveja.

Ela tenta saborear a farofa (não consegue).

Ele usa óculos escuros.

Ela rói as unhas.

Ele finge que riu da piada.

Ela finge que conversa.

Todos param para tirar algumas fotos.

Ela quer ir embora.

Ele precisa ir embora.

Ela exagera na demonstração de amor.

Ele finge que não a ama mais.

E vão embora.

O churrasco continua.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Coração de lata

"Por que ele é tão frio?"
Alguém perguntou sobre ele, mas não para ele. A primeira vez que ouviu que essa pergunta foi feita foi surpreendeu-o. Era estranho alguém que, tempos antes, considerava-se romântico. Digo tempos antes porque ele sequer pensava nisso nos últimos tempos. Passou a buscar uma resposta para aquilo.

Quando pensava em amor, lembrava-se de duas mulheres. Claro, houve paixões na adolescência pelas quais chorou, sentiu, sorriu. Mas não considerou nenhuma delas importante. Aliás, mal conseguia lembrar-se delas.

E por que duas mulheres representavam, na sua vida, o amor? Era difícil responder. Talvez, pelo que ele mesmo falou a uma delas, pela maturidade do sentimento. Lembrava das duas com detalhes. Os dias que passaram juntos, os momentos que dividiram.

Lembrou-se que as duas aconteceram em seguida. E lembrou que com a primeira, faltou maturidade para lidar com algumas situações. Com a segunda, sobrou maturidade, talvez tenha faltado ousadia. Ainda que tivesse sido bastante ousado, era preciso ter ido além.

Alguém com essa história é frio?

Talvez porque desde então não soube mais o que é se apaixonar. Talvez porque não quisesse. Talvez porque não pudesse. Talvez até por medo.

Não entendia mesmo com todas as hipóteses. Como poderia ser frio? Então, lembrou-se novamente das duas mulheres.

Uma resolveu acabar com o que mal tinha começado por estar apaixonado por um gay. A outra acabou com algo que realmente não tinha nem começado por que era noiva e casaria - como de fato casou - meses depois.

Seu coração foi blindado e protegido com sistemas de alarmes e vigilância dia e noite. O revestimento da blindagem era de metal. Daí vem o que Jennifer Paige, em sua música Crush, chamou de "tin heart": coração de lata.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

O Teatro Mágico

Bom,

Quem nunca foi no show do Teatro Mágico precisa ir. Não conhecia nenhuma música. Um amigo me pegou em casa e me levou no show. Falou que eu ia me encantar. Não deu outra. Passei umas duas semanas só ouvindo as músicas. É viciante. Passei as músicas para várias pessoas. Claro, para as meninas! O efeito é interessante. Não vou dizer mas você já imaginam. Abaixo uma música!


Ana e o Mar

(Fernando Anitelli)

Veio de manha molhar os pés na primeira onda
Abriu os braços devagar... e se entregou ao vento
O sol veio avisar... que de noite ele seria a lua,
Pra poder iluminar... Ana, o céu e o mar

Sol e vento, dia de casamento
Vento e sol, luz apagada num farol
Sol e chuva, casamento de viúva
Chuva e sol, casamento de espanhol

Ana aproveitava os carinhos do mundo
Os quatro elementos de tudo
Deitada diante do mar
Que apaixonado entregava as ondas mais belas
Tesouros de barcos e velas
Que o tempo não deixou voltar

Onde já se viu o mar apaixonado por uma menina?
Quem já conseguiu dominar o amor?
Por que é que o mar não se apaixona por uma lagoa
Porque a gente nunca sabe de quem vai gostar

Ana e o mar... mar e Ana
Historias que nos contam na cama
Antes da gente dormir

Ana e o mar... mar e ana
Todo sopro que apaga uma chama
Reacende o que for pra ficar

Quando Ana entra n'água
O sorriso do mar drugada
se estende pro resto do mundo
abençoando ondas cada vez mais altas
barcos com suas rotas e as conchas que vem avisar
desse novo amor... Ana e o mar

http://www.oteatromagico.mus.br

Entre e baixem as MP3s!

Elas não resistem!

bjs

Fer

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Algo estranho

Tudo começa com flerte e um sorriso bem colocado. Não demora muito para o contato por telefone. Percebe-se a surpresa do outro lado da linha. Significa que você surpreendeu o seu alvo positivamente. Daí temos o primeiro cinema, o primeiro jantar, a primeira carona para casa e o primeiro beijo. De muitos...

Momentos avassaladores, telefonemas apaixonados e mensagens provocantes. Todo o script seguido de forma rigorosamente espontânea. Gravam-se CDs - aonde foram as fitas? - escolhem-se filmes para uma possível coleção conjunta, fazem coisas impublicáveis.

Duas semanas depois, fala-se ao telefone por menos tempo, não se responde a todas as mensagens, não há tanta conversa e o lado carnal é menos empolgante. Mais um ciclo se encerra para começar outro.

Entretanto, já se fazem três semanas e tudo continua a pleno vapor em direção a uma esperança crescente. O ciclo está apenas começando...

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

“Não cometa os mesmos erros. Cometa erros novos”

“Não cometa os mesmos erros. Cometa erros novos”

Relacionamentos são quase sempre diferentes. Você acaba conhecendo meninas diferentes. Com outro histórico, etc! Mas às vezes você pode dar o azar de conhecer alguém cuja história você já viu em outro filme. E quando o filme anterior terminou triste sua primeira atitude é afastar. Bom, quis fazer diferente. Já tinha visto o filme mas quis dar um segundo final para ele. Porém, aprendi com os erros anteriores. Prometi cometer somente erros novos. Isto eu consegui. Fiquei feliz por me controlar e ser diferente. Enfim, o filme acabou. A triste história do outro não se repetiu. O final não foi feliz. Mas não foi trágico. Foi um final comum. Como todos os outros.

Mas este filme eu não quero mais ver. Em busca de novas linguagens.

Fernando