segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Sonhos

Até onde podem nos levar?

Jogador de futebol. Todo menino que praticou o esporte quando criança sonhou em ser um. A força com que se persegue o sonho é tão grande quanto a satisfação que ele pode dar. Ao mesmo tempo, a busca é tão grande quanto a decepção que pode proporcionar.

Ela tem sonhos. Quer ser médica. Obstetra. Sonha, mas não tem forças para buscar. A vida lhe deu outra profissão. Não lhe a ela a chance de ser médica. Deu a ela análise de sistemas, informática e projetos. Deu a ela um sorriso aberto, lindo, avassalador, conquistador. Não lhe deu dinheiro, nem sucesso. Deu carisma, alegria nos olhos, doçura. Fez com que ela corresse atrás da vida. Deu a ela o sonho de ser mãe. Deu também dificuldades para ela superar.

E ela sonhava. Sonhava casar, de véu e grinalda, em uma igreja grande, bonita, bem decorada. Sonhou com lua-de-mel, em ter muitos filhos. E ela chega cada vez mais perto do sonho. Não da medicina, mas do casamento.

O sonho é casar. Casar com quem? Não pensava nisso claramente. Ela olha no seu coração. Olha, sente, mas não sabe bem. Ela acha que o ama. “Casarás pelo sonho”, digo a ela. “Afinal, sonhas em casar ou sonhas em casar com ele?” Ela não sabe. Não quer responder. Ficou abalada.

Ela sonhou. Com outro. Sonhou, sentiu, mas viveu pouco. Ela assustou-se. Sonhava em casar, amava o homem que escolheu. Por que sentir algo tão intenso por outro? Ela tem certeza: quer casar com quem escolheu. Quer ter filhos, ser mãe. A certeza a tranqüilizou. Tanto quanto a incerteza a fez chorar, pois percebeu que não havia certeza. Ela não quer descobrir o que sente. Ela vai casar, não tem dúvidas.

Ela tem medo de não amar. Tem medo de sentir por mim algo maior do que ela pensava. Ela tem medo da intensidade. Medo de querer demais. Medo de amar. Tem o sonho de casar e está perto de realizar. Vai entrar de véu e grinalda na igreja caprichosamente decorada. Vai para lua-de-mel. Vai ser mãe. Continuará sonhando: em ser médica e em esquecer a incerteza.

Eu sonho. Sonho por uma profissão descoberta só depois de já ter escolhido outra. Sonhei mudar de emprego e trabalhar com o que gosto. Sonhei ver alguém descobrindo o meu talento.

Sonho com ela. Que ela descubra que a intensidade por mim é incontrolável. Sonho que nossos sonhos se encontrem no campo afetivo. Sonho em ir ao supermercado, fazer as compras do mês. Ver nosso menino puxando a saia dela, pedindo pra levar mais biscoitos. Sonhei em ver nossa filha nascer com o sorriso dela, com os mesmos olhos. Eu a vi me encantar tal qual a mãe. Sonhei em ouvi-la dizer “Eu te amo”. Sonhei em escrever. E escrevi sobre ela.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Durante um ano muitas coisas podem acontecer.
Desejos e sonhos podem mudar.
Crenças podem surgir.
Um homem pode amadurecer.
Preconceitos podem acabar.
Uma vida pode surgir.
Em um ano muita coisa pode mudar
mas não o sentimento que ainda sinto por você.


Sim, eu daria tudo mais um pouco de mim por você!

_______

Voltei..

domingo, 10 de setembro de 2006

Qual é a menor distância entre dois pontos?

"Uma reta", responderá alguém desavisado. Meu caro, diria que nem sempre. Em "A Casa do Lago", a distância que separa dois pontos é física. O tempo é uma das grandezas físicas que mais interfere nos relacionamentos. Afinal, quem nunca ouviu a famosa frase "precisamos dar um tempo"?

O que você faria se encontrasse a pessoa que te faz sentir o amor mais puro e intenso no tempo errado? Naquele momento que você quer investir na carreira, ou quando você não tem tempo, ou simplesmente quando você mesmo já está comprometido.

Calma, calma, sempre pode ser pior: ela já é comprometida até o pescoço. Data marcada para o casamento. Mas se abala com você. Não a ponto de desistir de casar, mas se abala. Gosta de você, diz que você seria o homem perfeito, ideal - mas que está no momento errado da vida dela.

O amor tem tempo para acontecer? Bom, para algumas pessoas sim. Eu, como sempre deixei que meu coração escolhesse por mim, involuntariamente, não tive o problema da escolha.

Quando achei que poderia controlar meus sentimentos, entrei em um perigoso jogo de sedução. O jogo saiu de controle, chegou à vida real. Tomou posso do coração sem mais nem menos, sem pedir autorização - algo semelhante ao que faz o governo norte-amareciano quando acha que deve.

O tempo passa, as instabilidades acontecem. Altos e baixos, momentos de paixão quente e maluca, e momentos racionais. "Não pode" ou "Não posso". Sempre a mesma coisa. E tem momentos de proximidade. "Você não existe..."

"Por que não me caso com você?"


Já imaginou ouvir isso da pessoa amada? Eu já. Pena que faltavam só dois meses para ela casar. Uma questão de tempo. No filme, dois anos separam os personagens, apaixonados um pelo outro. Quanto tempo me separa dela?