tag:blogger.com,1999:blog-268218932024-03-07T04:38:41.350-03:00Miguelar é PrecisoAmor, paixão e volúpiaFelipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.comBlogger64125tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-64199480018947231312011-10-23T14:49:00.002-02:002011-10-23T14:56:51.612-02:00VocêVocê...você me deixa curioso...<br /><br />Só posso te ver de costas, vejo sua pele, seu cabelo, seus lindos pés, sua delicida mão.<br />Somando sua roupa, sua bolsa e seu relógio deduzo que você seja fina.<br />Pela leitura matinal, a fruta de café-da-manhã e a escolha do lugar você é inteligente.<br />Que vontade de te ver toda.<br />Mas se me levanto e te vejo posso não querer me sentar....<br />E se quiser sentar com você e não puder?<br /><br /><br />A solução é ficar aqui e te idealizar da maneira que quiser....<br /><br /><div style="text-align: right;">São Paulo - Café Girondino - 12/07/2011<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-68320100427195106222011-09-11T11:26:00.000-03:002011-09-11T11:30:41.503-03:00Era para dar certo, mas...O primeiro impacto já foi grande. Os cabelos cacheados, a pele branquinha, os olhos altamente expressivos, o olhar fosse sempre distante. Ela sempre impecável, com uma expressão sempre fria, analítica. Maturidade, calma nas palavras, os olhos brilhando ao falar. Inteligente, muito serena. Entre uma e outra palavra, um sorriso, discreto, mas marcante.<br />
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Na primeira festa, lá estava ela. Quando cheguei, a festa tinha começado há horas. Era a primeira com um novo grupo de amigos. Fui direto do trabalho, cansado, alguns já estavam bêbados, o som alto demais. E quando eu vi, aqueles olhos estavam lá. Só que passsavam longe de mim. Muito longe. Olhavam para outro, de perto, enquanto ele a abraçava. Era tarde, muito tarde.<br />
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Vinham outros encontros com ela, naquela rotina que nos fazia ficarmos perto. As trocas de olhares, um desejo que parceria sempre presente. Uma sintonia fina e silenciosa. Nenhuma palavra. Um elogio aqui, outro ali. Ela sempre educada, polida, discreta aso agradecer. Eu sempre fascinado, apaixonado, calado. Sim, sempre calado. Perdendo todas as chances possíveis de tentar algo.<br />
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Até que, eventualmente, surgia uma coragem para tentar, fazer, buscar, soltar alguma tentativa quase desesperada de algo mais. Elegante, ela escapava, saía, deixava de lado. Demorou um ano até que ela me olhou nos olhos, aberta, disponível, me pedindo, com os olhos, o beijo que eu queria dar nela há tempos. Um beijo incrível e interminável. Aguardado, tanto que os amigos, quando viram, bateram palmas. Finalmente, acontecia.<br />
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Acontecia, mas voltava tudo ao que era antes depois de alguns dias. E, depois de alguns meses, aconteceria o mesmo. Tínhamos alguns beijos intensos, incríveis. Só que desta vez, tinha sido mais intenso, mais íntimo. A reação, porém, foi a mesma. Indiferença no dia seguinte. E lá se vai mais um ano.<br />
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Ela, longe, me fez querer saber qual era a situação. Por que, afinal, aquela distância? E era simples. É só isso que somos, disse ela. Eu pedi um encontro, no meio de uma tarde, para ouvir que éramos só isso. Que eu ia longe demais no pensamento.<br />
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Só que outro ano se passou. E outra festa. E uma expectativa nula. E outra perspectiva. Outra mulher, na verdade. Só que, ao entrar na festa, ela estava lá. O seu vestido em um verde acinzentado (nunca fui bom com cores), um cinto marcando bem sua cintura e a beleza sempre estonteante e que sempre me encantou. E a primeira coisa que ela fez foi segurar firme minhas mãos. E quando percebi, estávamos abraçados, quando ouvi ela me dizer: "Você quer tentar?". Mergulhado em sensações que não podia nem medir, só pude responder: "Eu sempre quis".<br />
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O dia seguinte aos beijos, ao ir para lá e para cá de mãos dados não me comoveram desta vez. Sabia que era aquilo e aquilo só. Instável, eu sabia: duraria alguns dias antes de voltar ao "somos só isso". Não mergulhei. Deixei passar. Me antecipei ao fim, lidei como se já fosse como antes. Passou. Éramos só isso de novo. E, logo, não era só isso com outra pessoa. O tempo passou de novo. E veio outro ano.<br />
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E estávamaos, de novo, nos olhando. Aquele olhar. Algo que parece inevitável, mas não acontece. Um acontecimento iminente, os lábios que parecem próximos, mas nada acontece. Um beijo, no dia do beijo, e só. Parecia provocação. Nada mais. Ela parecia esperar algo. E eu demorei a entender. Poucos dias depois de pensar e finalmente entender, fiz o que ela esperava: "Quero namorar com você", disse a ela. "Você não vai pedir?". "Quer namorar comigo?" "Quero! E o que eu ganho com isso?", ela disse. "Além da exclusividade, alguém que gosta muitro de você". E assim foi. E finalmente era namoro. Com mais de três anos de atraso. <br />
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Família, cinema. Linda, ela sempre linda. Parecia mais de perto. Cada vez mais. Almoço com a família dela e frases como "cuide bem dela". Parecia que, desta vez, tudo caminhava para dar certo. Um dia dos namorados (comemorado antecipadamente) absolutamente incrível. Uma peça de teatro, um musical. Nós, como namorados, um jantar. Era perfeito.<br />
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Mas embora nos víssemos muito, nos palávamos pouco. E tínhamos pouco tempo só para nós dois. Pouco, muito pouco. Muito silêncio. Faltava ser um casal, faltava sermos dois, ir além de ser um casal social. E a distância foi ficando tão grande que parecia difícil resolver. Te vejo como amigo, ela disse certa vez. Uma sentença do fim, adiado por uma viagem. Eram 15 dias para pensarmos melhor. E, então, tudo parecia que tinha acabado. Faltava só o fim.<br />
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A distância já era grande demais, mesmo depois de apenas três meses. Uma tristeza amarga já estava no ar. Uma solidão amarga, que não fazia sentido para quem tinha alguém como companheira. A conversa, tão adiada, as palavras tristes, o abraço. A lembrança do melhor dia dos namorados de todos os tempos. Lágrimas. "Se tivéssemos namorado há três anos... Nosso tempo passou", foram as palavras que ela usou no fim. Um fim cantado há semanas, mas todo fim tem suas dores. Uma tristeza amarga, mas breve. Porque logo depois, vem a saudade. E a ideia: daqui um ano tudo pode ser diferente. E a vida segue.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-61611084689399284802011-02-19T12:56:00.001-02:002011-09-11T11:37:32.044-03:00A mulher da estrela de Davi<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxgqJ_2juf7jyImDNJJlDqfaV4d14Nr_2NN_XhIHUSCAtbc7BlgX293mMx4b_MA3jxXdDVTKwhvR1Up24xMRUOJvmsrrT40yz-mOrYriSu9Gt719efwiDO55NYdGBog3Jhz0c3UQ/s1600/130304_8264.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
Sorridente, sempre muito sorridente. Essa, talvez, seja a primeira descrição que as pessoas façam dela. Alguém que mostra alegria sempre, dentro do seu terninho, sua elegância sempre vistosa. Sua alegria parece tanta que às vezes chega a irritar, dá a impressão de ser aquelas pessoas bobas alegres. Essa visão é amenizada pelo sorriso delicioso que ela tem, a beleza encantadora e o olhar doce.<br />
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Ao sair da impressão inicial, é possível ver mais. Ver que a beleza é mais do que apenas graciosa. Uma beleza de mulher, sensual, interessante. Demorei para ver isso. Por muito tempo, ela foi apenas colega, alguém que convivi todos os dias, uma amizade que cresceu. Embora a achasse linda, ela era comprometida e, mais do que isso, praticamente casada: morava junto com o namorado de muitos anos. Aliás, pouco depois que a conheci ela virou noiva.<br />
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Por tudo isso, não me permitia mais do que achá-la bonita, reparar nela, mas me dedicar apenas à nossa amizade, aos cafés nas tardes de sábado quando conversávamos e encontrávamos outros amigos. É bom dizer que esses sábados eram raros, poucas vezes nos encontrávamos, mas era sempre um prazer, uma tarde de risadas e conversas.<br />
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Com o passar do tempo, a amizade cresceu e eu passei a ver aquele rosto sempre sorridente em momentos de tristeza. Por trás da camada sempre sorridente daquela mulher, havia também angústias, tristezas, desilusões, como todos nós. Ela usa a sua alegria para tentar superar isso e para continuar sendo discreta nos lugares onde ela não quer falar sobre isso, como o trabalho, onde eu a conheci.<br />
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Vi lágrimas descendo o seu rosto pelas angústias do seu noivado, as aspirações da carreira que tinha, as contas para pagar. Nem o seu otimismo era capaz de evitar que aquelas lágrimas escorressem pelo seu rosto. Depois de ela tanto me ouvir, eu estava ali para ela, fiz o que podia para estar pronto para o que ela precisasse.<br />
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<b>Ponto de virada</b> <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxgqJ_2juf7jyImDNJJlDqfaV4d14Nr_2NN_XhIHUSCAtbc7BlgX293mMx4b_MA3jxXdDVTKwhvR1Up24xMRUOJvmsrrT40yz-mOrYriSu9Gt719efwiDO55NYdGBog3Jhz0c3UQ/s1600/130304_8264.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxgqJ_2juf7jyImDNJJlDqfaV4d14Nr_2NN_XhIHUSCAtbc7BlgX293mMx4b_MA3jxXdDVTKwhvR1Up24xMRUOJvmsrrT40yz-mOrYriSu9Gt719efwiDO55NYdGBog3Jhz0c3UQ/s320/130304_8264.jpg" width="320" /></a></div>
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Depois de um longo temos sem nos vermos, encontrei com ela em um happy hour. Diferente visualmente, mas com uma alegria enorme, seu sorriso sempre intenso e mais carinhosa do que o normal comigo. Disse que iria viajar para a Europa, passar o final do ano por lá.<br />
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Naquele dia, ainda fomos para a balada e aproveitamos para conversar um pouco mais. Isso até me perder delas, encontrar uma colega da faculdade, conversar um pouco e voltar a procurar. Não achei. Acabei dormindo, sem querer, em algum ponto da balada. Fui acordado pela minha colega de classe, que estava indo embora. Fui embora também, sem encontrar aquela com quem saí.<br />
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Depois, conversamos que foi um desencontro, ela também procurou, não achou. Os dois saímos com a sensação que poderíamos ter ido muito além, ainda mais com o tanto de álcool que consumimos. As amarras dela, sempre fortes, já pareciam mais soltas. <br />
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Enquanto ela esteve na Europa, pouco nos falamos, justificadamente. Ela aproveitava para conhecer lugares fantásticos, tirar fotos incríveis e viver algo que ela imaginou durante muito tempo. Resgatava a felicidade que é sua característica.<br />
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Quando ela voltou, algo tinha mudado. Parecia menos presa aos próprios costumes, não era mais submissa à sua situação anterior. Era outra mulher. Aliás, essa é a palavra: mulher. Intensa, sensual, capaz de seduzir - algo que eu nunca tinha visto nela. Ela era sempre a mulher quase casada que jamais dava abertura para esse tipo de coisa. Não mais. Era outra. <br />
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O noivado acabou, conforme ela tinha me dito que aconteceria, porque pareciam distantes demais um do outro, ela não suportava mais aquela situação. Confessou, depois, que passou tanto tempo junto dele pelo comodismo. Se gostavam, se conheciam, moravam juntos, por que mudar? A viagem e a distância fizeram com que essa visão mudasse. Ela não se sentia mais tão frágil. Viu que poderia viver sem ele. <br />
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E quando combinamos de nos ver, sairmos juntos com alguns amigos, ela era uma mulher quase irresistível. O sorriso era o mesmo, a beleza também, mas a sedução era de níveis que ainda não conhecia. E não demorou para que nossos olhares começassem aquilo que nossos corpos desejavam. A conversa, os elogios, a aproximação... Não poderia acabar de outra forma, um beijo, outro e mais outro, enquanto, na casa dela, esperava ela se arrumar para sairmos.<br />
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Naquela noite, acabaram saindo só mulheres. E eu. Mas eu não estava junto com ela, o que aconteceu antes não nos deixou vinculado um ao outro. E isso seria fundamental para o que viria. Ela, linda, sedutora, altamente sexy, chamou a atenção. Não à toa. E, quando percebi, uma das meninas que nos acompanhou na saída falou: "você vai ficar sem casa para dormir", brincava, se referindo ao fato que eu ia dormir na casa daquela que chamava tanto a atenção. Eu disse que não tinha problema, poderia ir direto para casa, esperando amanhecer para ir de metrô.<br />
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Foi o que acabou acontecendo. Afinal, ela ficou com um outro cara. E, justiça seja feita, foi assim que quisemos. Não queríamos ser um casal, eu não quis, ela também não. Ela tinha todo o direito, como poderia ter sido eu.<br />
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A questão é que ainda parecia que havia uma atração entre nós. E as brincadeiras, sedutoras, sempre continuavam. A amizade continuava ótima, mas com esse tempero colorido que nos deixava mais ligados um no outro. Agora, conversávamos mais, sobre mais coisas, com mais intensidade e sempre um toque de sedução em algumas brincadeiras. <br />
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Algum tempo depois, conseguimos marcar para nos ver. E eis que, em meio a uma cerveja e outra, o beijo foi inevitável. Parecia que era mesmo. E foi mais um dia muito bom juntos, mais uma vez mostrando que nossa atração tinha algo delicioso a ser explorado. Mas a vida continuava, cada um por si, com as muitas voltas que ela dá, com os relacionamentos possíveis, com as idas e vindas normais, de sempre, ela com os dela, eu com os meus.<br />
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Depois desse dia, porém, não nos vimos mais. Conversas mais raras, espaçadas. Faltava um café, daqueles que fazíamos antes, para poder conversar e colocar tudo em dia. Nas mensagens, ela contou que estava namorando. "Um judeu", ela disse. As mensagens menos frequentes, as conversas já raras quase não aconteciam mais. Até o dia que ela colocou: "em um relacionamento sério" no Facebook. Então, parecia que todos os desejos tinham mesmo sido adiados. Os desejos que o meu corpo sentiam em possuí-la, nem que fosse uma vez, teriam que ser adiados. Talvez, para sempre.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-21577898455900445972011-02-08T00:02:00.001-02:002011-02-08T00:21:37.245-02:00Enlace molhadoEra apenas um flerte, que apesar de nada inocente, esperava pouco. Olhares torridamente trocados, palavras timidamente ditas, vontades que só os pensamentos revelavam. O que era um encontro já se anunciava há algumas semanas, mas a festa veio bem a calhar. Era a oportunidade perfeita. Combinaram. Era chegada a hora.<br />
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Naquele dia, os caminhos se encontraram logo no início da noite. Um encontro de olhares, mãos que se seguraram, por poucos segundos, antes de se separarem e se perderem em uma multidão escura. A noite, traiçoeira, trouxe outras surpresas. Não aquele encontro programado, esperado. Veio outra pessoa, outro caso, outra história.<br />
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A noite parecia que seria assim - e já seria espetacular se terminasse como terminou. Mas a madrugada reservava mais uma surpresa. Depois de aproveitar a noite de mãos dadas, de forma inesperada, com uma história do passado com capítulos esparsos e sem continuidade, veio um novo encontro. Como aquele lá, do começo, quando as mãos se encontraram e os olhos se devoraram.<br />
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Os sorrisos se acharam. Aquele olhar, marcante, forte, sedutor e irresistível, olhava nos olhos de um jeito que a aproximação tornou-se natural. "Vi que você estava com outra", ela disse. "Eu não namoro", ele respondeu. Naquele momento, nenhum deles sabia, mas ali nascia uma atração sedutora e absolutamente livre dos laços de relacionamentos, que tantos problemas causam a milhões de casais.<br />
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Ela, ali, disse: "Não fico com caras que namoram". Ele reiterou: "Não namoro". Ambos foram sinceros. Não parece grande coisa, mas essa marca carregariam enquanto se vissem. Os olhares, depois dos esclarecimentos, voltaram a se desejar e as mãos dele envolveram o pescoço dela, aproximando a boca de ambos até tornarem-se inseparáveis.<br />
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O desejo percorria o beijo, os cabelos dela no meio dos dedos dele, a pele dela grudada na dele, o olhar sedutor dela com o abraço apertado dele, que a trazia para junto, colando seus quadris, enquanto ele apertava a cintura dela com as mãos, como um escultor moldando sua obra, uma obra-prima, que ele mesmo admirava, linda.<br />
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A ligação era forte, de corpo, de olhares, de quadris. A noite chegou ao fim, com a luz começando a enfeitar o dia. Eles não sabiam, mas veriam o dia amanhecer outras vezes, juntos. Mas naquele momento, não importava futuro, nem sabiam se isso existiria, talvez nem se importassem.<br />
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O que valia era aquele dia raiado, os beijos molhados, o desejo incontido, o sabor ácido. Era um laço de sedução. Um laço que iriam abrir para aproveitar a paixão devassa, avassaladora e intensa. Mas isso seria outro dia. Naquele, se despediram com um beijo, tórrido - uma marca que deixariam um com o outro, como um souvenir definitivo daquela relação.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-36684932076985226382011-01-27T23:57:00.001-02:002011-01-28T08:10:50.132-02:00Príncipe encantado, WHO?!<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">Por Cris Chaim [<a href="http://twitter.com/#%21/crischaim">@crischaim</a> | <a href="http://www.facebook.com/#%21/profile.php?id=100001099869884">Facebook</a>]</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">Toda menina acredita em príncipe encantado.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">Toda menina acredita que sua grande paixão dará certo. E sem a intervenção alheia.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIXR5fnw5eJsdp_lZLiJDjVgzIgslCTB6uxE_11ds1gJnx79O2irpi5LkAyMKSRvNq3qb214tge_u9jtJIFUWztIN3z0Ty5aPRw0j0eOEDwuX3rJbeYqa0Zs4aGk8yHBF28rfMGg/s1600/1079781_80596366.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIXR5fnw5eJsdp_lZLiJDjVgzIgslCTB6uxE_11ds1gJnx79O2irpi5LkAyMKSRvNq3qb214tge_u9jtJIFUWztIN3z0Ty5aPRw0j0eOEDwuX3rJbeYqa0Zs4aGk8yHBF28rfMGg/s320/1079781_80596366.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ter castelo era como ter carro: não ganha mulher, mas ajuda</td></tr>
</tbody></table><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">É, até os 20 anos , 98% de nós acreditam em , pelo menos, duas das três afirmações acima. E até os 20 anos, 100% de nós descobriremos que nenhuma das afirmações é verdadeira. Vejamos por que.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">Príncipes encantados não existem hoje, não existiram no século passado e muito menos na idade média. Principes Harry e William da Inglaterra já foram auges dos tablóides por bebedeiras, drogas e noitadas com desconhecidas. Seu pai, Príncipe Charles, é famoso por seu caso extra-nupcial com Camilla Parker. </div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">Ao longo dos séculos, as princesas não escolhiam com quem casassem nem recebiam juras de amor, era tudo montado e combinado, além disso, muitas vezes, não dormiam no mesmo quarto que seus maridos. Por que, então, em pleno século XXI eles surgiriam encantados à sua porta? </div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">A intervenção alheia. A história de amor da moça rica e do moço pobre (ou vice versa) não funcionará. Por quê? Quando se namora alguém a serio, se namora a família e os amigos. Pense em festas de família, reuniões, aniversários; as realidades, os assuntos e até os hábitos são diferentes e hão de causar constrangimentos. Imagine uma sogra chegando com Cidra e a outra com Veuve Cliquot. Mico certo para os dois lados.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">Pode haver boa vontade em ambos as famílias e amigos, mas a convivência é difícil e concessões deverão ser feitas. Será que valem a pena? O poeta diz que sim, mas e se a alma for pequena? Será que todos estão dispostos? Será um trabalho árduo e em equipe.</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">Entretanto, não se desespere, leitor(a), com certeza, em algum lugar do mundo você encontra seu par ideal, que equilibre realidade e contos de fada. Basta procurar. Ou não, parece que quanto mais procuramos menos achamos.</div>Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-72222222663199491672011-01-22T20:34:00.000-02:002011-01-22T20:34:09.468-02:00O cartão de aniversárioEla surgiu inesperadamente. Ela era só um sorriso, que me encantou e fez com que mandasse uma mensagem. Em uma rede social, às vezes isso acontece. Normalmente, fica por aí. Não desta vez. Ela não só respondeu, mas mostrou-se impressionada pelo que escrevi na mensagem e no meu perfil. Quis ir adiante. E foi.<br />
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A conversa foi tão boa que tornou-se favorita em pouco tempo. Online, offline, pelo telefone ou e-mail, comunicação sempre que quiséssemos, quase todos os dias. Tudo depois de um primeiro encontro marcante.<br />
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Naquele dia, o trabalho me prendeu mais tempo do que o esperado. Ia atrasar. Ela esperou mais de meia hora. Compreensiva. Reclamou, brincou, com sua voz sempre debochada. E foi só bater meus olhos nela, vestida toda de social, com um vestido preto, justo, uma blusa por cima e meia-calça, sapatos de salto alto, que soube que ela iria causar um impacto forte. Não ia ser pequeno. Impecável. Linda. O coração já batia na garganta.<br />
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Afinidade instantânea, somada ao senso de humor ácido que nos tomava. Rimos, bebemos, nos divertimos. O encanto era evidente. Ela e eu viramos nós, em beijos intensos. Ela me dizia que era o que ela queria. Não acreditou quando eu disse que não namorava, que meus relacionamentos duravam um mês ou dois. Disse que eu teria que ficar com ela pelo menos seis meses, depois eu poderia escolher se continuava. Me olhou maliciosamente depois disso e disse: "Mas você vai querer mais". E sorriu.<br />
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Ela teria, dali quase três meses, um concurso importante. A prova da OAB. Ela precisava passar, porque disso dependia sua continuidade na empresa onde fazia estágio. Ela precisava se preparar. Se isolou do mundo para isso. Aos poucos, o contato que antes era intenso passou a ser menor, até chegar a quase não se falar mais. Em um mês, aquele encanto tinha mudado. Um encontro, e era só isso que tinha. Parecia que também seria o último. <br />
<br />
Ela voltou. Com ciúmes. Perguntou se eu tinha ficado com alguém desde que nos vimos. Respondi que sim. Ela ficou decepcionada. Justifiquei, disse que ela sumiu, não parecia querer mais nada, sequer me respondia quando a procurava. Ela disse que me queria do lado, mas não me obrigaria a esperar por ela. Esperaria. Ela se mostrou disposta a estar mais presente.<br />
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Me sentia parado no tempo. Tempo que não passava. Sentia que estava preso a uma coisa que, a cada dia, fica mais e mais incerta. Não dava mais para saber o que viria. Mas eu apostei. Apostei, porque naquele primeiro encontro ela tinha me conquistado. Resolvi que esperaria. Pagaria para ver.<br />
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Disposta a me mostrar que queria mesmo que ficássemos juntos, me convidou para encontrá-la na porta do cursinho que ela fazia à noite. Um encontro rápido. Ela me cobrou o cartão de aniversário, que já tinha passado e não tínhamos nos visto. Tinha esquecido. O segundo encontro foi um mês depois do primeiro. <br />
<br />
No aniversário dela, umas três semanas antes do segundo encontro, comprei um cartão e escrevi nele de ponta a ponta. Contei a ela. Disse que tinha feito um rascunho primeiro e depois, quando escrevi, mudei tudo. Ela disse que queria ver os dois. E quando nos vimos, naquele encontro rápido, eu esqueci de levar. Foi entre o primeiro e o segundo encontro. Não pudemos nos ver porque ele ficou atolada em trabalho. Ficou para o próximo encontro. <br />
<br />
Depois de ficar contando dia após dia a hora de ela estar finalmente liberada, a prova passou. Ela se preparou para a segunda fase, continou estudando. E passou também a proximidade,as conversas, as mensagens de texto antes de dormir ou em algum momento para surpreender.<br />
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Ela sumiu, desta vez, como um fantasma. Não respondia mais nada, não me atendia mais. Não aceitei isso. Não entendia, como podia aceitar? Nas últimas vezes que nos falamos, ela disse que quando nos vissemos de novo, ela que me pediria em namoro, porque não queria mais me deixar escapar. Nunca mais. Só que o nunca mais foi outro.<br />
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Passou o tempo. Um, dois, três meses... Ela parecia não existir mais. Até que disse que passou no exame da OAB. Parabenizei, disse que ela se esforçou, mereceu. E disse também que ela sumiu, que não entendi nada e mostrei o quanto eu estava decepcionado com ela por isso.<br />
<br />
Surpreendentemente, depois de alguns dias, ela respondeu. Disse que se isolou do mundo, não saía mais, não via mais os amigos, só se preocupava em terminar a faculdade e passar na prova da OAB. Que há meses não saía nos finais de semana, que passava sempre vendo séries. Passou na prova. E queria retomar a vida. Pediu desculpas, disse que eu devia estar com muira raiva dela. Disse que queria retomar várias coisas da vida, e queria que eu fizesse parte disso, se pudesse perdoá-la.<br />
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As coisas não são tão simples. Disse que ela tinha que reconquistar minha confiança. Nada é tão simples. Estava disposto a tentar, mas é difícil confiar em alguém que parece tão instãvel. Ela parecia disposta de novo. Parecia que as coisas entrariam nos eixos. Só parecia. A montanha russa vai das partes altas para as partes baixas rápido. Mais rápido do que se consegue pensar nisso.<br />
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Não demorou para que ela sumisse de novo. Desta vez, porém, eu sabia que seria a última. Assim como a outra vez, não respondia mais, telefone não atende. Virou uma sombra. Era o ponto final. Se na primeira vez quis xingá-la, fiquei com raiva, queria dizer todas as grosserias do mundo de uma só vez, dessa vez a sensação era só de decepção por ser alguém que eu pensei que ela era especial. Que ela seria, ao menos. E mostrou covardia. Porque sumir sem nenhuma explicação, depois de tudo que ela disse, me parece isso.<br />
<br />
Era para ser o fim, mas eu quis colocar mais um tempero na história. Peguei o cartão de aniversário dela, aquele que ela nunca viu, de quatro meses antes. Coloquei no correio com o endereço do trabalho dela. Ela finalmente leria. <br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYtVRHF6TSPCcSMP6PbvW7iVnfvHjIw64sxwO7NjtDo09o5WfqFX0jaQlk3E9Gz4T45FtSQrhXhjEJrhyWEiATQs0kIEQcVeNMjU3kEfAucoHwi1PDjLO7MbdaTU9x4wEuwESobg/s1600/156169_9976.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYtVRHF6TSPCcSMP6PbvW7iVnfvHjIw64sxwO7NjtDo09o5WfqFX0jaQlk3E9Gz4T45FtSQrhXhjEJrhyWEiATQs0kIEQcVeNMjU3kEfAucoHwi1PDjLO7MbdaTU9x4wEuwESobg/s320/156169_9976.jpg" width="320" /></a></div>Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-6844495329294630082009-06-10T16:44:00.000-03:002009-06-10T16:44:21.756-03:00O relacionamento sem diálogosA esperança era grande. Sempre era. Sempre que a via aquela chama acendia. Querendo ou não. Era dia, o sorriso dela já tinha sido mostrado. Agora era diferente. Já havia um passado, ainda que único e pontual. Havia muita história. Mas o que nunca houve foi diálogo.<br />
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A descrição de um encantado talvez seja falha. Talvez imprecisa. Mas sem dúvida, é bela. Os olhos pintados, a saia curta e colorida, o corpete preto. O olhar impenetrável de sempre. Linda, com os cabelos enrolados, a maquiagem ressaltando seus olhos castanhos, a pele branquinha, macia como os meus sentidos não deixam esquecer.<br />
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As mãos escorregadias escapavam de mim a todo momento. Não adiantavam gestos, e as palavras mal saíam. Ela mal olhava. Nossos diálogos eram inexistentes. Só aconteciam quando estávamos em conversas com outras pessoas. Só assim aqueles olhos encantadores me olhavam e eu podia vê-los, bem no fundo.<br />
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A noite passou, a madrugada invadiu e trouxe surpresas. Ela dormia, todos dormíamos. Amigos, que dividiam aquele espaço naquela noite. A proximidade entre nós me levou para mais perto dela, envolvendo-a com um abraço. Um abraço que foi correspondido, de forma surpreendente. Um abraço que transformou-se em sonho, em um pedaço do paraíso. Um sonho envolto em beijos que pareciam ter parado o tempo.<br />
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Um suspiro suave e o mundo desaparece. Minutos que não tem segundos. Mas que acabam...<br />
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E trazem de vlta a dúvida, a falta de olhares, a ausência completa do diálogo. Alguns sorrisos, algumas palavras. Muitas palavras no silêncio, mas nenhuma sobre o mundo que ficou parado, sobre os sentimentos indescritíveis que passavam ali na minha cabeça. E as palavras não saíram, e o tempo passou e a dúvida ficou.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-2136885626800179292009-05-27T01:39:00.000-03:002009-05-27T01:39:40.592-03:00Uma noite, a primeira e únicaSe conheceram quase por acaso, tempos atrás. Nem se lembravam mais os detalhes de como tinha acontecido. Ela namorava, mas ele a elogiou, flertou com ela sem saber. O namorado ficou bravo, reagiu quando soube, mas ela não. Sorriu. Maliciosamente, sorriu.<br />
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Veio um, dois, três, quatro encontros. Mas sempre espaçados de meses e meses entre um e outro... Meses longos, que eram quebrados com beijos alucinados, sedentos, elogios talvez exagerados, masi ainda sinceros e a vontade de se ver de novo. O que só aconteceria de novo meses e meses depois...<br />
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Encontros proibidos, mas que não podiam ir além do nível 1. A vontade nunca faltava, mas o cerco só apertava mais. Ficava mais perigoso - e mais gostoso -, o que tornou os encontros mais espaçados e menos frequentes.<br />
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Até que ela ficou solteira. Por uma daquelas coisas que não sabemos bem como acontece, nem por que - e nem questionamos também. O negócio era aproveitar. E fizeram isso.<br />
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Os dois pareciam um pouco receosos. O que seria deles, agora que as barreiras não existiam mais? Experimentaram... Sentiram o gosto da liberdade, se curtiram de um jeito que nunca tinham conseguido. Não precisavam se esconder. E foi o que fizeram.<br />
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O doce sabor do proibido não existia mais. Sò que agora o gosto do prazer era mais lento, mais forte... De algum modo, o desejo aumentava mais, à medida que os dois se viam. Se tornava inevitável que as conversas de mais de dois anos chegassem à cama. Era só questão de tempo.<br />
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Não demorou para que aquele desejo inflamado um pelo outro acabasse entre os lençois. Era uma noite entre amigos, até que sentiram que não dava mais para ageuntar. Subiram para o quarto do sobrado sabendo o que fariam. Os sorrisos maliciosos que trocavam eram mais do que suficientes para despertar ainda mais desejo entre eles.<br />
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Ele se deliciou, mas ficou com a sensação que podia ter feito mais por ela. Queria ter feito mais por ela, tornar a noite mais inesquecível. Ela, por sua vez, achou que podia ter dado mais. Os dois saíram satisfeitos um com o outro, mas insatisfeitos com si mesmos.<br />
<br />
Mas, assim como antes, os encontros estavam espaçados demais. Menos do que antes, mais do que os dois gostariam. Cada um começou a criar uma teoria da conspiração... Ela achabdo que não exercia mais a mesma atração sendo solteira. Ele não querendo pressionar alguém que acabara de sair de um namoro e com receio de se apaixonar por ela, sem poder ser correspondido.<br />
<br />
Continuavam se falando, se desejando. Mas ela se sentia insegura. Depois de anos namorando, não sabia o que esperar dele. Ele queria mais dela, mas achava que ela queria curtir a vida de solteira. E ele tinha medo de se apaixonar, ficar ainda mais viciado nela. Sem perceber, já era fascinado por ela mais do que podia saber. Ela, sem perceber, sentia mais falta dele do que ele sequer podia imaginar.<br />
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Insegura, ela viu o ex se reaproximar. Gostou. Sentiu na aproximação a segurança que não sentia há meses. Sentiu-se abrigada. Deitou-se no deleite de um amor requentado, seguro, feliz.<br />
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Contou a ele. Achava que ele não daria tanta importância, mas ele deu. Disse a ela que não era o que ele queria, mas se era o que ela queria... E disseram, um para o outro, tudo que pensavam. E se surpreenderam. Não sabiam o que pensavam um do outro. Se arrependeram. Fizeram promessas um ao outro. Não iriam perder mais chances, nem tempo, nem que seriam enganados pelas barreiras invisíveis que tinham se imposto.<br />
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Ela voltou ao namorado. Ele foi dormir.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-2834080621672321292009-05-17T14:02:00.000-03:002009-05-17T14:02:52.106-03:00Sedução em roxoEla tem o sorriso doce de menina, a risada gostosa de criança, o corpo incrível de mulher e o olhar sensual de uma sedutora. Suas roupas com um tom roxo não deixam dúvida que a mulher já deixou a menina para trás há tempos. O que sobrou da menina do interior é as alegrias, o sorriso e a beleza de ser feliz nas pequenas coisas. Mas o olhar... Aquele olhar é de mulher, decidida, sedutora, sensual.<br />
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O roxo é dela, é ela, está nela. Às vezes na blusa, outras em um cinto, em um detalhe da pulseira, em um cinto, na saia rodada, no cadarço da bota, no cintilante brilho da maquiagem que a faz brilhar. Fico pensando se ela adotou o roxo ou o roxo a adotou, antes mesmo que ela escolhesse. A cor é dela e ela é da cor.<br />
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Ela desfila estilo, mesmo quando não se preocupa com isso. Tem em seu jeito de quem vai bailar pelas ruas, na chuva, no frio, na alegria e na tristeza. Dança quando o sorriso a preenche a alma ou quando as lágrimas mancham suas roupas.<br />
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Dança sensualmente, ingenuamente, maldosamente, alegremente, musicalmente. Às vezes, tudo de uma só vez. É sedutora quando quer e perigosamente sensual mesmo se não quiser. Traz em si os gestos, os movimentos e a beleza da dança.<br />
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Sua beleza às vezes é das mais simples, outras é das mais sofisticadas. Consegue ser bela no amanhecer e no porvir, na luz e na sombra, no sol e na chuva, no calor e no frio. Porque a sua beleza é muito além dos traços do seu rosto e do seu corpo. É a beleza que o sorriso mostra, perfura, instiga, conquista. São as palavras suaves, sem medo, sem preconceitos, livres, completamente livres, inteligentes, doces ou amargas. São as botas, ou a meia-calça, ou a saia, ou a calça, ou o vestido, ou o cabelo longo, ou o cabelo curto, ou a voz que canta, ou os textos que escreve, ou a amiga sempre disposta, ou a menina que precisa de colo, ou a mulher que escreve suas própria história.<br />
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É a sedução em roxo, que conquista, que instiga, que devora, que desperta curiosidade.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-79001719630516253552009-04-04T13:58:00.001-03:002009-04-04T14:01:05.490-03:00O beijo de palavras não ditasEra um dia comum, que não conseguiu acordar cedo por ser sábado. Se deu o direito de acordar mais tarde. Por isso, chegou atrasado. Mas encontrou uma surpresa, vestida de azul. Uma bela surpresa, literalmente. E sua manhã começou bem.<br />
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Supermercado, prepração para o primeiro churrasco do ano. Um encontro de amigos, como acontecia com certe frequencia. O vestido azul, as compras, a bebida, a carne, os sorrisos. Ela, de vestido azul, postura de uma lady, sorriso suave, sem exageros em nada.<br />
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Sua conversa era sempre inteligente e interessante, o que a tornava muito sedutora. Mas ela representava um passado recente, um relacionamento de não-diálogo, de mil palavras não ditas, do <a href="http://miguelarepreciso.blogspot.com/2008/09/o-gelo-que-no-quebrou.html">beijo que não aconteceu</a>. Ela representava uma <a href="http://miguelarepreciso.blogspot.com/2008/08/disputa-silenciosa.html">disputa silenciosa</a>. Uma disputa perdida, meses antes, que tinha doído muito. Mas tinha passado.<br />
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Quando, por um motivo qualquer, ficamos conversando só nós dois, senti seu sorriso mais perto. Não literalmente, mas uma abertura naquela que parecia ser o muro de Berlim, separando dois países que deveriam ser um só.<br />
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Com a queda do muro, a aproximação se tornou maior. O sorriso, os olhos, os cabelos, tudo foi ficando maior. Fui sentindo a pele mais quente, os lábios cada vez maiores, os olhos fechando... As cortinas se abriram e o espetáculo se desenvolveu como se estivesse na Broadway: mágico e indescritível. E quando percebi, já estava acontecendo o beijo, esperado até meses antes, inesperado para este momento.<br />
<br />
O mundo parecia ter dado uma grande volta. Uma visita ao passado, sem a paixão, mas com a vontade reprimida por meses. Uma reparação do desejo, de um desejo que estava guardado, quase espequecido no meio das lembranças que tinham perdido o encanto.<br />
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Talvez seja o início de uma nova temporada. Uma nova temporada que passou por beijos suaves quando nos encontramos de novo, mas que duraram só dois dias. E que, parecia, ficariam no passado novamente.<br />
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Até palavras começam a ser ditas no silêncio e na distância. Um só pode ver o outro através das palavras de outra pessoa. Uma complicação daquelas que não se entende porque existem. Mas existem. E a temporado só (re) começou...Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-79034874199732135292009-01-07T00:55:00.002-02:002009-01-07T02:09:05.286-02:00Beleza mineiraJornalista. 25 para 26 anos. Cursando o doutorado em linguística aplicada. Sim, é isso mesmo: aos 25 anos, já tinha começado o doutorado. O mestrado já tinha feito em Minas, na universidade federal da capital mineira.<br /><br />No começo, o que chamava a atenção era o sotaque. Forte, carregado, comendo letras e destilando charme. Aos poucos, apareceu a inteligência, um rosto com traços fortes, uma boca grande, cabelo castanho claro, pintado. Uma cor que parecia caramelo.<br /><br />Viam-se em reuniões semanais. A orientadora fazia questão que todos, uma vez por semana, estivessem juntos: doutorandos, mestrandos e nós, de iniciação científica. A cada semana, alguns apresentavam resultados parciais de suas pesquisas e colocavam o trabalho para ser questionado, receber sugestões.<br /><br />Aos poucos, conversaram mais. Afinal, ela era jornalista formada, uma área que muito interessava a ele. Morava em Minas, vinha a São Paulo apenas para receber a orientação sobre seu trabalho. Tinha uma filha de cinco anos.<br /><br />Algumas conversas do lado de fora da sala de reuniões. Ao ar livre, enquanto ela fumava, sempre com uma ou outra pessoa do grupo junto. Uma mulher alta, quase sempre usando saias escuras, quase sempre pretas. O sorriso, a fala sempre tranquila, com aquele sotaque mineiro típico, gostoso de ouvir.<br /><br />Olhares. Foi o que fizeram por algum tempo, até trocarem também sorrisos. Passaram a conversar mais. Resolveram conversar também pelo msn. Foi aí que começaram a conversar sozinhos - pessoalmente estavam sempre acompanhados de outras pessoas.<br /><br />As conversas aqueceram a relação. A amizade, a princípio, mas estava claro que os dois queriam ver até onde aquilo ia. Embora ele fosse mais novo, estivesse na graduação enquanto ela fazia doutorado, tinham conversas ótimas. A diferença de idade não era tão grande. Ele tinha 20, ela 25.<br /><br />Descobriu que no começo, quando se conheceram, ela era casada. Muito bem casada. Mas aconteceram problemas, se separaram. A filha dela era dele. Casou-se jovem, separou-se também muito jovem. Charmosa, interessante, inteligente e linda, deu espaço para que se aproximassem, flertassem.<br /><br />Resolveram marcar um encontro. Ela já não dormia mais em hotéis quando vinha a São Paulo - ficava na casa de uma amiga, também do grupo da orientadora. Mas naquele dia, fingiria que iria embora, se encontraria com ele e passariam a noite juntos.<br /><br />Se encontraram. Ela com malas, ele a ajudou. Foram até um restaurante bar, tomar uma cerveja, conversar. Aquele sotaque o fazia sentir-se mais e mais encantado por ela. Ela, com um olhar sereno, sedutor, fitava-o no fundo dos olhos.<br /><br />Acendeu um cigarro enquanto ele falava. Ela já tinha bebido chopp com groselha, ele cerveja. Beberam um pouco mais enquanto conversavam.<br /><br />Ela estava do outro lado da mesa, mas veio para o lado dele. Os olhos dos dois se procuraram. Os rostos se aproximaram. Aquela boca enorme, com lábios grossos o atraía. Ela não conseguia parar de olhar os olhos cor de mel, não aguentava mais de vontade de beijar aquela boca que via na sua frente. O beijo, com os lábios quentes, foi inevitável.<br /><br />- Achei que isso nunca fosse acontecer - disse ela.<br /><br />Ele também não. Na verdade, não imaginava que pudesse acontecer. Não se imaginaram juntos no começo, mas a atração nascer, cresceu e se tornou forte. Os levou até ali, juntos.<br /><br />- Aqui perto fica o hotel onde me hospedava quando vinha para cá, nas primeiras vezes. É simples, barato, mas serve para passarmos a noite.<br /><br />Seguiram para lá. Lugar bem simples, preço acessível. Quartos pequenos. Com cara de motel. Se registraram no hotel, por uma noite apenas. Seguiram, sorrindo, para o quarto. As mãos dadas nos corredores, como duas crianças levadas, prestes a aprontar.<br /><br />Entraram no quarto e se sentiram aliviados. Estavam ali, tranquilos. Tinham tempo, tinham um ao outro. Tinham desejo. Ela tirou as botas, enquanto ele a observava. Via como ela era linda, sedutora, como ela o tinha encantado. E estava ali, diante dela, prestes a tê-la nos seus braços.<br /><br />Sem pressa, curtiram a cama, os beijos, os abraços, as roupas sendo tiradas. Ele ficou impressionado ao vê-la sem roupa. Como era linda, que corpo tinha... E aquela lingerie preta, em contraste com sua pele.<br /><br />Ele sentiu o gosto dela na boca, nos lábios. Ela o sentiu com a boca, com o corpo, com os olhos, com o seu calor. Os dois se fizeram um. Ele queria dar a ela os olhos fechados, a mordida no lábio, as unhas apertando suas coxas. Queria dar a ela aquele sorriso gostoso. Ela queria fazer ele sentir como um choque pelo corpo todo, fazer ele sentir o sangue ferver nas veias...<br /><br />Fizeram daquela noite inesquecível. Fizeram daquela sexta-feira um encontro de um paulista com uma mineira. Seria o primeiro. Tornou-se também o último.<br /><br />Se falaram pouco depois. Disseram que o encontro podia ir muito além daquilo. Que ele poderia visitá-la em Belo Horizonte. Que ela poderia vir a São Paulo. Sonhos e desejos de se ver que nunca foram concretizados.<br /><br />Ela não o procurou. Ele não a procurou. Não tentaram mais. Ele se arrependeu de não ter tentado vê-la. Ela se arrependeu de ter apenas esperado por ele. A distância e o tempo foram apagando os contatos de um com o outro. Quando deram por si, não conseguiram mais encontrar uma maneira de se falar. Tinham perdido o contato completamente. Nem telefone, nem e-mail, nem msn, nem Orkut, nem nada. Só tinham consigo a lembrança. Mais nada.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-63435479188363720932008-12-05T16:31:00.002-02:002008-12-05T17:19:37.817-02:00Cartas Reais, finalNão sei como te chamar. Então, vou dizer simplesmente você.<br /><br /><br /><br />Não sei o que aconteceu. Talvez o encanto tenha se quebrado. Ao pensar uma razão, diria que não sei por que. Pensando mais, diria que por sua frieza. Ela chega a ser assustadora. Mas vai além disso. Tem o outro. Ou melhor, tem ele. Talvez ele seja o principal - e acredito que foi isso que te tornou ainda mais distante.<br /><br /><br /><br />A intensidade foi enorme, mas o tempo foi curto. Demorou pouco para sair de foco, ir para o canto, tornar-se marginal. Não é fundamental. Apenas seria bom. Muito bom. Acredito até que se tornaria inesquecível. Mas não foi. Arriscaria dizer que não será, mas Fiona Apple me corrigiu quando pensei isso. Ela diz: "Never is a promise that you can't afford to life". Ela tem razão. Nunca é um tempo que não existe.<br /><br />Se o fim não é para sempre, é um fim. O fim dessas cartas que você provavelmente não lerá. É o fim de um conjunto de sentimentos e algumas palavras. Eu gosto de pensar que todo final é um novo começo. Assim espero.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-74368272918023231802008-10-27T16:20:00.004-02:002008-10-27T17:31:04.910-02:00Cartas Reais, 2Querida,<br /><br />Insisto em te chamar de querida, porque é assim que sinto você. Ainda que tenhamos ficado afastados nas conversas, que não tenhamos mais ficados próximos um do outro, que eu não tenha sentido mais o calor das suas mãos. Ainda assim, você é muito querida por mim.<br /><br />Por razões que eu não sei explicar, sinto-me bem quando te vejo, te ouço. Sua frieza quando nos falamos algumas vezes me congelou. Não conseguia ver uma palavra amistosa, ainda que você nunca tenha deixado de ser educada. Você parecia estar do outro lado do oceano.<br /><br />A verdade é que fiquei frágil quando descobri o quanto gosto de você. Só via a fortaleza ao seu redor e perdi os seus olhos te vista, que não me fitavam mais.<br /><br />A tua frieza unida à minha timidez me impediram de te dizer tudo que eu queria. Me impediram de dizer o quanto você mexe comigo, o quanto seu sorriso me faz feliz, o quanto sonhei com o nosso primeiro beijo.<br /><br />Nossa distância, ainda que apenas emocional, acabou sendo boa. Pude colocar meus pensamentos em ordem e o sentimento por você pode amadurecer. Deixou aquela sensação de ímpeto para traz, mas ainda faz meu coração explodir no peito quando te vê. Vejo você nos meus sonhos, imaginando você nos meus braços...<br /><br />Talvez o tempo tenha nos reaproximado um pouco, talvez eu mesmo tenha ficado mais perto, talvez você tenha me olhado com mais carinho. Fato é que você continua linda, sua pele continua macia cada vez que eu a toco, seu sorriso cheio de mistérios continua me seduzindo em cada sonho que toco nos seus lábios...Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-57778580991891872262008-09-26T00:52:00.012-03:002008-09-26T12:13:42.983-03:00Cartas ReaisQuerida,<br /><br />A idéia dessa carta surgiu depois da minha angústia por não ter te falado tudo que pensei. Não falei porque não achei que era necessário. Achei que meus olhares, minha voz, meus gestos e todas as vezes que eu peguei na sua mão tivessem sido suficientes. Fiquei agoniado quando vi que não foi e as palavras ficaram engasgadas na minha boca, explodindo no meu peito.<br /><br />Sinto sua falta. Falta das nossas conversas, da proximidade, do calor das suas mãos. Sinto falta do seu sorriso...<br /><br />Queria que aquela nossa dança não tivesse terminado. Queria estar com você, sentir seu perfume, tocar seu rosto, ouvir sua voz, te abraçar pela cintura e sentir meu coração pular para o seu peito. Depois daquela dança, você esteve tão distante... A nossa conversa sobre teatro me esquentou o coração, você provavelmente não sabe o quanto me fez bem. Te senti um pouco mais perto...<br /><br />O clima de romance domina o nosso ambiente, você já reparou? Alguns casais se desenhavam há tempos. E um deles, adivinhe, somos nós. Os casais estão se consolidando cada vez mais, mas nós continuamos distantes.<br /><br />Naquela noite, fiquei sem entender o que fez seus lábios ficarem tão distantes dos meus. Estivemos tão perto um do outro... Achei até que talvez fosse falha minha. Achei que devia ter falado todas as palavras que eu não disse, ao invés de tentar te conquistar com meus olhos, minhas mãos, minha proximidade.<br /><br />Mas hoje você me mostrou a razão. E foi da pior forma possível. Quando você chegou na nossa roda de violões, músicas românticas e com casais se formando, você foi para os braços de outra pessoa. Me fez sentir o golpe frio da espada cortando meu peito quando o beijou.<br /><br />Era ele. Foi por ele que você se esquivou de mim. Ele é primo de uma grande amiga sua. Mais do que tudo isso, o que me assusta é talvez você simplesmente não querer experimentar de toda paixão que guardo para você. Você só querer ele...<br /><br />O Sonho de Valsa que eu levei só para você ficou guardado. Sou um romântico incurável e sei que pode parecer bobo. Queria poder olhar seu rosto e sentir seu sorriso esquentar meu peito... Queria dizer que você me faz bem, que seu jeito simples me encanta. Adoraria te dizer que você é linda, que você me faz sonhar.<br /><br />Há uma semana, tinha certeza que teríamos o nosso primeiro beijo. Hoje, não sei nem se ele vai acontecer algum dia...<br /><br />Com carinho,<br /><br />....Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-39136075992048723982008-09-21T11:52:00.005-03:002008-09-21T13:55:58.151-03:00O gelo que não quebrou<div style="text-align: center;"><span style="font-style: italic;font-size:78%;" >Foto: <a href="http://www.sxc.hu/profile/duchesssa">duchesssa</a></span><br /></div><div style="text-align: left;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNAQMeF0Qtz8T6i1dsf8NvkLfywS_soEb8sHVgo5JW5zUfSJMgnE1BI5a23HjDpxMTZ6_gOd1IbhXIkAL_Edez7bJykAOogukk1WOftnA574Qod6gfcuB0RKsFnV7PX49VvF0ebQ/s1600-h/956215_20273423.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNAQMeF0Qtz8T6i1dsf8NvkLfywS_soEb8sHVgo5JW5zUfSJMgnE1BI5a23HjDpxMTZ6_gOd1IbhXIkAL_Edez7bJykAOogukk1WOftnA574Qod6gfcuB0RKsFnV7PX49VvF0ebQ/s320/956215_20273423.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5248517778215677346" border="0" /></a>Antes, era apenas uma festa, onde certamente beberia com os amigos, dançaria, enfim, diversão. Até a despedida de quinta, quando ela, segurando minha mão, perguntou se eu ia. Respondi que sim e ela disse que também iria. Uma sensação gostosa de satisfação pela boa surpresa me dominou da cabeça aos pés. Seria muito melhor do que eu tinha pensado.<br /></div><br />Veio o dia seguinte, a correria, tarefas intermináveis até mais de dez da noite. Era hora de irmos. Amigos todos juntos, enchemos o carro e fomos ao encontro dos demais, na casa de um deles - onde ela ainda se arrumaria e ficaria ainda mais linda.<br /><br />"Qual batom?", ela perguntou, olhando para mim através do espelho que estava na nossa frente enquanto lavava meu rosto. "Rosa", disse, olhando um dos dois que ela tinha na mãos. Estava encantado com a beleza e a presença dela.<br /><br />Éramos só os dois ali, um ao lado do outro, eu encantado com os olhos, a pele, a boca, o cabelo, o sorriso, a voz... Talvez por isso eu não tivesse a velocidade de raciocínio para dar respostas menos óbvias. Sentia que tinha tudo para ser aquele o dia que ficaríamos juntos pela primeira vez.<br /><br />Na festa, fomos pegar bebidas juntos. Peguei na mão dela e ela não fez nenhuma questão de soltar. Parecia bom sinal. Depois, nos separamos por alguns minutos, até nos reencontrarmos novamente. Mais algumas tentativas de aproximação, quase sem palavras... Não sabia o que dizer.<br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size:78%;">Foto: <a href="http://www.sxc.hu/profile/Exian">Exian</a></span><br /></div><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBoaLTuTBeuzUchJEYktwFwLSbxSLHO0nTLMbQFaBTdmCMDKDV0XWK2F6-Ok6isk3pAWfs0zP6JyovVVIYkUhXumzFabrLaCRscGDjIyY01Kvsu95rgEEXX9GFXh-qdgEEHlWzng/s1600-h/dancing.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBoaLTuTBeuzUchJEYktwFwLSbxSLHO0nTLMbQFaBTdmCMDKDV0XWK2F6-Ok6isk3pAWfs0zP6JyovVVIYkUhXumzFabrLaCRscGDjIyY01Kvsu95rgEEXX9GFXh-qdgEEHlWzng/s200/dancing.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5248518860049866178" border="0" /></a><span style="font-size:78%;">Juntos, mas ainda separados...</span><br /><br /></div>Dança, dança, dança. Dançamos juntos. Bem juntos. Beijos no pescoço dela e parecia que o beijo finalmente sairia...<br /><br />Mas não saiu. E se me perguntarem por que, eu direi: não sei. Eu queria, eu achei que ela queria, nós dançávamos juntos, nossas bocas estavam tão perto... O que faltou?<br /><br />Ao nosso lado, uma situação quase idêntica: um amigo dançava com outra amiga, mas o beijo ali também não saía.<br /><br />Eu não consegui dizer a ela o quanto a queria. Tentava olhar nos olhos dela, que nunca se encontravam com os meus... Estávamos abraçados, dançando juntos, mas o beijo não acontecia. Não sabia o que fazer.<br /><br />A música mudou, nos separamos de novo. Algum tempo depois, duas mulheres estavam dançando perto de nós. Uma se aproximou dançando grudada em um dos nossos amigos - que parecia não querer ela por perto.<br /><br />Ela pouco a pouco foi se deslocando para minha direção, junto com outra menina. Começaram a se aproximar tanto que não tive pra onde fugir. Se esfregavam em mim, enquanto eu procurava por quem eu queria, por quem<br /><br />As duas se esfregavam Uma dela tentou me beijar. "Deixa eu te beijar", ela me disse, depois de algumas tentativas frustradas de aproximar a boca da minha. "É melhor não", eu respondi. Não queria mais ninguém. Só queria uma. Se não fosse ela, não queria mais ninguém aquela noite.<br /><br />Na despedida, ela beijou meu rosto. Olhando para ela, com aqueles olhos me fitando, disse: "você está linda..."<br /><br />A noite que tinha tudo para ser a primeira junto acabou só com mais expectativa. Como bem disse o grande amigo que passou pela mesma situação (lembra da cena da dança? Era ele), não adianta pensar no que poderia ter feito - embora seja inevitável pensar nela...<br /><br />O que sobrou foi a lembrança dela, do sorriso, dos momentos de mãos dadas, da dança... E da expectativa pelo beijo, que continua intensa...Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-70104963516950547442008-08-24T19:38:00.002-03:002008-08-24T20:40:38.541-03:00Disputa silenciosaO tempo passava, já era noite, e o trabalho não acabava. Cada vez mais tarde, o relógio parecia gritar que já era hora de ir. Aquela angústia do "não vai dar tempo" me dominava. Sabendo que eu demoraria um tempão para ir para casa, me arrumar e depois ir à festa, só pensava em ir embora.<br /><br />Entre idas e vindas, banho correndo, corrida contra o relógio - qualquer vacilo e eu perderia a chance de ir, porque o relógio já marcava mais de 11 horas da noite. No fim, com correria e tudo, cheguei ao local.<br /><br />Noite de festa. As pessoas arrumadas, perfumadas, prontas para uma noite que prometia muita diversão. Luzes, bebida, luzes, mais bebida. E de repente, um beijo nos surpreende. Eu sabia quem era e senti uma ponta de inveja. Tinha pensado em ficar com ela, a idéia ainda estava na minha cabeça quando vi a cena. Mas a festa continua.<br /><br />E com vários bons momentos. Músicas, risadas, amigos, performances - com músicas que nos faziam lembrar momentos da infância e adolescência. Um banho de diversão.<br /><br />E no meio do pisca pisca de luzes, da música alta, da dança meio desengonçada, ela aparece do meu lado. Sorri para mim, enquanto dançamos. Talvez o sorriso fosse mais pelo momento do que para mim, especificamente, mas não importava.<br /><br />A dança nos aproximou, nosso quadris encontraram-se, meus braços a envolveram, senti seu sorriso mais perto... Suave, porém rapidamente, ela fez um movimento que a fez sair de perto de mim e voltar aos braços de quem ela tinha beijado.<br /><br />Não tinha percebido, mas ela não saíra de perto dele - esse momento perto de mim foi uma exceção, observada por ele, inclusive. Senti ali um olhar de disputa, onde ele saía vencedor - o que, para mim, sempre foi difícil de engolir, mesmo tendo acontecido muito mais vezes do que o sucesso.<br /><br />A festa passou. O desejo parecia que tinha ficado por lá também. Passou por um momento incólume. Aos poucos, porém, ela foi emergindo. Passou por uma intensidade quase incontrolável, fruto das conversas que se seguiram, cada vez mais freqüentes - e cada vez melhores.<br /><br />Vi, então, aquela figura que a tinha beijado. Primo de alguém de nossa sala, vinha sempre para vê-la. A princípio, me pareceu que era apenas uma coincidência, mas a freqüencia começou a mostrar que não. Nunca mais os vi juntos, nem beijos, nem mãos dadas, mas a presença dele ali, de vez em quando, queria dizer algo.<br /><br />Os dias se seguem, até que vem outra festa, mas dessa vez só entre amigos próximos, colegas de sala. Bebidas, risadas, música, dança e alegria. A proximidade dos nossos corpos se repetiu. Pareceu quase certo.<br /><br />Cheguei a ouvir o "vai fundo" assim que ela se ausentou por poucos minutos. Ela voltava, nos abraçávamos para fotos, nossas mão se uniam por alguns segundos. O magnetismo de nossos corpos nos faziam ficar perto a noite toda.<br /><br />No fim, nada além dos olhares, dos rostos próximos, dos abraços pela cintura. Mas ainda teria tempo...<br /><br />Com o tempo passando, poucas foram as chances que surgiram como aquela. Mas o dia-a-dia de convívio foi trazendo boas surpresas, proximidade, palavras, interação, mãos próximas, sorrisos...<br /><br />Mas a disputa voltou à tona, quando nos encontramos virtualmente, sempre através dela. E quando voltei a vê-lo ir visitá-la.<br /><br />Chegamos a conversar várias vezes sobre vários assuntos - ele é uma pessoa inteligente e eu não sabia o que esperar dali. Fato é que a disputa, ainda que silenciosa, continuava.<br /><br />E a cada novo capítulo, o jogo parece mais confuso. Se ganho pontos de um lado, vejo ela perto dele por outro. E só ela sabe para que lado a balança pesa - até porque eu não sabia o que acontece do lado de lá. Talvez nem quisesse saber...<br /><br />Ela sabia que essa disputa acontecia. Desde a noite da festa, ela já tinha percebido. E certamente sabe que existia alguma disputa...Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-18033889141249820832008-06-13T02:24:00.002-03:002008-06-13T02:27:05.611-03:00Conto: o dia em que a namorada sumiu<div xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml">Na quinta-feira à noite, todos do escritório se preparavam para sair. Seria uma noite cheia, pois nessa data se comemoraria o dia dos namorados. Mas Cleber só pensava no domingo anterior. Foi nesse dia que ele viu Suzana pela última vez.<br /><br />Os detalhes ainda estão frescos em sua memória. Discutiram superficialmente sobre o fato da Suzana, ao estar dirigindo, não pegou a saída da via expressa e que teriam de contornar por um longo e tortuoso caminho, de volta para casa. A discussão foi áspera, mas brevemente esquecida. Fizeram amor naquela noite e se despediram com sorrisos no rosto.<br /><br />Na segunda-feira, não se falaram. Cleber esteve ocupado o dia inteiro e só voltou para casa à tempo de dormir. Antes de pregar os olhos, porém, escreveu uma mensagem para o celular da companheira de como a noite anterior tinha sido boa.<br /><br />Não havia resposta dela no dia seguinte. E assim permaneceu. Cleber decidiu ligar para Suzana, mas pôde apenas ouvir o telefone chamando até a linha cair. Tentou repetidas vezes, mas prevalecia o monótono tom de lá intercalado de silêncio.<br /><br />Dúvidas mortais afligem Cleber. Será que ela foi sequestrada? Fugiu? Seria ele tão assim insuportável a ponto de alguém simplesmente fugir? Estaria ele sufocando e a impedindo de viver plenamente, de acordo com sua alma e natureza?<br /><br />Silêncio. Hoje, no dias dos namorados, muito estão felizes, alguns indiferentes e outros desesperados. Cleber está vazio. Sua mente revisita cada segundo de convivência com Suzana, em busca de pistas sobre o seu desaparecimento. Saindo do escritório, Cleber caminha para o carro e encontra as flores, o porta-retrato e o DVD que comprara. Dirige instintivamente e logo se percebe parado em frente ao prédio dela.<br /><br />Toca o interfone e aguarda 15 minutos. Quando vira-se para ir ao carro, uma voz feminina, eletronicamente modificada o chama. Não é a voz de Suzana.<br /><br />"Desculpe, mas eu te vi pela janela". Cleber levanta o rosto e vê uma silhueta em uma janela acesa. e logo depois completa: "Pode subir".<br /><br /><br /></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03986811040353336276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-39607083340358901692008-05-15T14:54:00.004-03:002008-05-15T15:53:21.989-03:00Sedução, em duas visões<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu0WCdVEHtJn_4z5EcIbCz3mu1X2plHScjmV5dQj6xmFFpWZm8dSQrLHycHim8F7NNXaFKQg898_CEu8WhbtyTN6bRCJy4OXLXSPgLPMWPTRC2abPUYZ3WfgyO2INqV9rdzBtquQ/s1600-h/559940_legs.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu0WCdVEHtJn_4z5EcIbCz3mu1X2plHScjmV5dQj6xmFFpWZm8dSQrLHycHim8F7NNXaFKQg898_CEu8WhbtyTN6bRCJy4OXLXSPgLPMWPTRC2abPUYZ3WfgyO2INqV9rdzBtquQ/s200/559940_legs.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5200679637569518338" border="0" /></a>Não há jogo mais interessante que o da sedução. Essa relação que envolve mistério, sorrisos, pequenos gestos, roupas, olhos, boca, pele, palavras em uma combinação que não tem fórmula. É inevitável que cada um olhe de uma forma uma mesma situação, ainda mais quando é algo que envolve a sedução silenciosa.<br /><br />Sedução silenciosa é aquela que nenhum dos lados levanta a bandeira da conquista, mostrando claramente suas intenções. É um jogo de olhares, palavras que tangenciam a sedução pelo tom de voz e pelo jeito de falar mais do que pelo seu conteúdo e pequenos gestos. Não sa sabe bem o que se passa na cabeça do outro e o jogo é sempre recheado de mistério.<br /><br />Festa é sempre bom. Bebida, amigos, risadas. E conversas aqui e ali, sorrisos aqui e ali, comentários com amigos. Sentei ao lado de uma bela menina, que sempre me chama muito a atenção e com quem sempre tenho ótimas conversas. Ela pareceu feliz. Sorria enquanto falávamos e acabamos ficando um bom tempo ao lado um do outro, enquanto conversávamos com outras pessoas, tirávamos fotos e jogávamos o sempre interessante "Eu nunca".<br /><br />Até que eu ouvi um comentário dizendo "ah, vai pegar, hein!" (masculino, claro). Dei risada e levei na brincadeira, para esconder que fiquei encabulado.<br /><br />Eis que me surpreende um comentário, alguns dias depois, me dizendo que eu "dei pra trás". Não entendi direito e me revelaram algo que me surpreendeu mais ainda: ela tinha dado em cima de mim e eu não fiquei com ela. Fiquei surpreso porque, na minha visão, tinha sido uma paquera discreta, sutil, quase imperceptível. E se alguém tinha dado em cima, eu achei que esse alguém seria eu.<br /><br />Também não esqueço que minha irmã sempre diz que eu não consigo perceber quando uma mulher me paquera. Talvez tenha acontecido isso mesmo, mas eu não consigo enxergar isso nem quando eu resgato as imagens na memória. Mas quem vê de fora, sempre vê diferente. Mas confesso que foi divertido relembrar tudo que aconteceu com o olhar que me contaram.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-71827544495930392642008-05-06T08:39:00.004-03:002008-05-06T09:47:24.255-03:00A elegância e sensualidade do frio<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitjs1nomBuGJdyXjldh-ir4wpxo5ti3bkt8sb3BZNfxtvBHO3nZJF1Jzozl8vQ5UcEkdbdTVZBNiwCEFzCDSkrm3Y_Kiopjp7lsDGDfvO0FviYywuRp8hpovj3QjwdUQ6Ep9pj5w/s1600-h/boots+skirts.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitjs1nomBuGJdyXjldh-ir4wpxo5ti3bkt8sb3BZNfxtvBHO3nZJF1Jzozl8vQ5UcEkdbdTVZBNiwCEFzCDSkrm3Y_Kiopjp7lsDGDfvO0FviYywuRp8hpovj3QjwdUQ6Ep9pj5w/s320/boots+skirts.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5197245256378893042" border="0" /></a>Ah, o frio! Começou a nos acompanhar em São Paulo desde quarta-feira, véspera de feriado. Particularmente, eu gosto desse clima mais frio. Gosto porque percebo que as mulheres, especialmente, passam a se vestir ainda melhor.<br /><br />Mais do que se vestir melhor, as mulheres conseguem ser mais sedutoras no frio do que no calor. Talvez porque o calor exija menos roupa e isso, por si só, exerça um poder de sedução.<br /><br />No frio, as mulheres podem mostrar menos o corpo. Talvez, então, seja por isso que as mulheres ficam mais sedutoras. Capricham mais na maquiagem, nos acessórios, nas roupas. Vejo muito mais mulheres sedutoras no frio.<br /><br />Não tenho a menor dúvida que isso tem muito a ver com a minha preferência pela combinação deliciosamente sedutora de botas e meia-calça. Às vezes até com saia, já que a meia proteje do frio. Uma combinação dessa é uma mistura intensa de beleza e sedução.<br /><br />Que o frio dure muito para poder admirar o que as elegantes moças nos oferecem ao olhar...Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-60495641293718505012008-04-09T01:24:00.001-03:002008-04-09T01:24:01.348-03:00As mulheres reclamam...<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'>... da falta de homens!<br/><br/>Fiquei bastante surpreso. Em menos de um mês, três amigas me confidenciaram que sofrem na busca de um parceiro decente. E, ao comentar essa história com outras pessoas, recebi outras informações similares das amigas das amigas. E são todas lindas, inteligentes e grandes companheiras.<br/><br/>Aparentemente, essa revelação súbita revela que há desilusões amorosas em ambos sexos. Pessoas que não correspondem às expectativas, que não têm os mesmos desejos ou que simplesmente vivem momentos distintos da vida. <br/><br/>Tá, mas qual é a grande surpresa? Na verdade, foi a revelação complementar de que, sim, sobram homens, mas faltam homens decentes. Epa! Como assim? Para um blog que fala sobre jogos de conquistas, paixões ou paixonites, trata-se de um sinal preocupante. O que nós, homens, estamos fazendo de errado? Ou as melhores mulheres do cenário se tornaram mais exigentes?<br/><br/>Essas pessoas que me confessaram suas aflições também me perguntaram onde poderiam conhecer gente interessante. Como se lá eu soubesse a resposta. Infelizmente, não obtive uma descrição fiel do que é um homem "decente" que eu pudesse compartilhar com os pobres mortais do sexo masculino. Mas a verdade é que se sentem carentes. E a culpa é nossa, acreditem ou não.<br/><br/>PS: Aos curiosos que querem saber quem são tais garotas, saibam que sou um péssimo cupido.<br/></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03986811040353336276noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-7194539909737761262008-02-29T10:43:00.003-03:002008-02-29T11:15:23.060-03:00Olá Enfermeira, parte 3Nos encontrávamos quase todos os dias, e como passamos a conversar, começamos a trocar mais do que sorrisos e gentilezas. Era conversas dos mais variados tipos, o que foi nos aproximando cada vez mais.<br /><br />Mas eu lembro bem do dia que eu a vi, mas ela estava sentada ao lado de um outro cara, conversando. Cumprimentei-a, sorrimos, mas fiquei separado dela. Sentei no banco bem à frente dela, o que me permitiu ouvir grande parte da conversa dos dois.<br /><br />Conversa vai, conversa vem, ouvi o rapaz do lado dela comentar sobre a viagem que ela fez pela Europa nas férias, sobre as amigas, os amigos em comum - o que me leva a crer que se conhecem há tempos, talvez da escola - e sobre o... namorado.<br /><br />Namorado?<br /><br />Fiquei mais atento ainda. Ela não tocou mais no assunto.<br /><br />Começamos a nos falar também pela internet, pelo msn e orkut. Passei a elogiá-la com mais freqüencia, já que tinha perdido parte da vergonha que segurava minhas palavras no começo. Ela, modesta, sempre dizia "só você mesmo..."<br /><br />Foi lá no orkut também que confirmei: ela namorava mesmo. E pelo jeito, há bastante tempo. Tem até fotos dos dois.<br /><br />É claro que foi uma decepção. Mas, por outro lado, sou bastante observador. Não nos falamos mais com tanta freqüência, mas pude perceber que ela mudou o "status" do relacionamento de "casada" para "namorando". Não significa muito, aparentemente. Mas juntando isso ao fato de ela, vez por outra, vir me deixar recado, me perguntando como estou e dizendo que sente minha falta nas manhãs que vai ao trabalho, temos um quadro possível de esperança...Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-26079305659611536982008-01-23T20:47:00.000-02:002008-01-23T21:49:54.349-02:00O brilho da LuaA suavidade daquele sorriso me despertou curiosidade. A alegria radiante do seu semblante me levou a vê-la mais de perto. Descobri, então, que era uma idealista. Estuda Serviço Social. Uma mulher de beleza deliciosa, delicadamente magra.<br /><br />As minhas palavras despertaram a curiosidade dela também. Respondeu com palavras doces, que eu vi se repetirem algumas vezes. As conversas no msn intensificaram-se, a simpatia dela contagiava, sua inteligência e beleza formavam uma dupla incrivelmente sedutora.<br /><br />O rosto delicado e o corpo magro eram de uma menina, quase adolescente. A inteligência e a sutil malícia eram de uma mulher de 25. A conversa frente a frente, com os rostos próximos e as bocas perigosamente próximas, criaram uma atmosfera de encanto. Encanto pela beleza, pelo sorriso, pela delicadeza, pela sedução.<br /><br />O primeiro encontro foi das nossas mentes. Um mudeu, novo, belo, interessante. Um apreciador da história como eu se farta em um lugar como aquele. O seu sorriso era extremamente atraente, eu tinha vontade de pegá-la pela cintura e fazer dela minha. Mas esperei. Quis deixar que as coisas acontecessem a seu tempo. Minha atitude, em casos semelhantes, teria sido de partir para um ataque de uma vez, vencendo a timidez e solidificado na auto-confiança.<br /><br />Com um cenário contraditoriamente belo e terrível, a estação Julio Prestes, nos conhecemos melhor, falamos de política, problemas sociais. Aqueles lábios eram um desejo meu, e sabia que ia realizá-lo.<br /><br />Nos despedimos, esperei que ela fosse para ir embora também. Deixei, maliciosamente, tudo para o segundo encontro, que eu sabia que aconteceria. Aquele certo mistério, que sempre faz bem... Aquele jogo estava apenas começando.Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-60297605930100400932007-10-01T23:54:00.001-03:002007-10-02T11:11:15.186-03:00Músicas silenciosas<div xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml"><b>Música que une</b><br /><br />O casal discute na fila do metrô antes de embarcar. A discussão encerra rapidamente e um passa a ignorar o outro. Os dois entram no vagão sob um pesado silêncio.<br /><br />Ele abre a mochila e retira um tocador de música. Coloca um fone de ouvido e oferece o outro a ela, que aceita. Ela ri - provavelmente da música que ele escolheu. Começam a rir juntos, conversam sobre as músicas que ouvem. Fazem as pazes.<br /><br /><i>Essa história é real.</i><br /><br /><b>Música que desune</b><br /><br />O casal discute na fila do metrô antes de embarcar. A discussão encerra rapidamente e um passa a ignorar o outro. Os dois entram no vagão sob um pesado silêncio.<br /><br />Ele abre a mochila e retira um tocador de música. Ele coloca os dois fones de ouvido e vira o rosto para a janela. Ela olha para ele e tenta imaginar o que estará ouvindo. Sente o isolamento como um soco no estômago. Os dois seguem a viagem magoados e pesarosos.<br /><br /><i>Essa história é real.<br /><br /></i><b>Ambas histórias aconteceram ao mesmo tempo, no mesmo vagão. Um casal sentou às costas do outro.</b><i><br /></i><br /><br /><p class="poweredbyperformancing">Powered by <a href="http://scribefire.com/">ScribeFire</a>.</p></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03986811040353336276noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-28014931419345990272007-09-26T16:45:00.001-03:002007-09-26T16:45:56.503-03:00Olá Enfermeira, parte 2Já há algum tempo que eu a cumprimento todos os dias. Um "bom dia" que nos habitamos a trocar por nos vermos muitas vezes durante a semana.<br /><br />A primeira lembrança que eu tenho de termos nos falado com os olhos foi quando eu abri espaço para que ela passasse antes de mim - um ato de cavalheirismo, mas que sempre foi muito natural para mim, pela criação que tive. E foi quando ela abriu um sorriso capaz de fazer um dia inteiro feliz, mesmo com uma dose de bem poucos segundos.<br /><br />Daí em diante, passou a ser comum nós trocarmos gentilezas - eu deixando-a passar antes, e ela me dando aquele sorriso lindo. Foi depois de algum tempo que começamos a trocar "bom dia" - o que eu diria que é uma "evolução natural".<br /><br />Já neste estágio de desenvolvimento, entrei no ônibus e lá estava ela: roupa predominantemente branca com detalhes em azul, que identifica o hospital onde ela trabalha.<br /><br />O lugar ao lado dela estava vazio. Não titubeei em sentar ao seu lado. E conversamos. Pela primeira vez, tivemos uma conversa além dos "bom dias" e dos sorrisos. E ela, claro, mostrou que é encantadora não só na beleza e no sorriso, mas em tudo. Fiquei com vontade de dizer a ela que aquele sorriso simples e tão bonito que me dava me fazia um bem incrível.<br /><br />Nosso assunto foi vestibular. Ela me contou que era formada em enfermagem, que já tinha uma especialização e pensava em fazer uma pós-graduação. E contou ainda que fez vestibular em 2001 - o mesmo ano que eu, o que me leva a crer que temos a mesma idade.<br /><br />Nos despedimos com um beijo no rosto, com aquela pele branquinha e macia encostando pela primeira vez no meu rosto. Agora, é esperar pela próxima vez que nos encontrarmos...Felipe Lobohttp://www.blogger.com/profile/10976463129034732392noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-26821893.post-87580122035511759462007-09-11T22:01:00.000-03:002007-09-11T22:18:06.762-03:00O santo remédioFui necauteado hoje. O ar seco que colocou a cidade de São Paulo em estado de emergência tentou e tentou até conseguir me derrubar. Somando a minha rinite, o saldo é bem desagradável. Nariz entupido a noite inteira e péssimas condições para trabalhar no dia seguinte.<br /><br />Resultado: passo o dia em casa, causando prejuízos ao meu empregador e à economia brasileira. Minha avó, hospedada em casa, ativa todo o seu repertório para tratar resfriado, gripes e afins. Haja gemada, remédios e anti-congestionante.<br /><br />Eis que, ao fim do dia, surge ela. Carinhosa, receptiva, cuidadora, dengosa. Descobri o que é ser mimado.<br /><br />De todos os remédios e tratamentos, nenhum me revigorou mais do que ela.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/03986811040353336276noreply@blogger.com0