sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Olá Enfermeira, parte 3

Nos encontrávamos quase todos os dias, e como passamos a conversar, começamos a trocar mais do que sorrisos e gentilezas. Era conversas dos mais variados tipos, o que foi nos aproximando cada vez mais.

Mas eu lembro bem do dia que eu a vi, mas ela estava sentada ao lado de um outro cara, conversando. Cumprimentei-a, sorrimos, mas fiquei separado dela. Sentei no banco bem à frente dela, o que me permitiu ouvir grande parte da conversa dos dois.

Conversa vai, conversa vem, ouvi o rapaz do lado dela comentar sobre a viagem que ela fez pela Europa nas férias, sobre as amigas, os amigos em comum - o que me leva a crer que se conhecem há tempos, talvez da escola - e sobre o... namorado.

Namorado?

Fiquei mais atento ainda. Ela não tocou mais no assunto.

Começamos a nos falar também pela internet, pelo msn e orkut. Passei a elogiá-la com mais freqüencia, já que tinha perdido parte da vergonha que segurava minhas palavras no começo. Ela, modesta, sempre dizia "só você mesmo..."

Foi lá no orkut também que confirmei: ela namorava mesmo. E pelo jeito, há bastante tempo. Tem até fotos dos dois.

É claro que foi uma decepção. Mas, por outro lado, sou bastante observador. Não nos falamos mais com tanta freqüência, mas pude perceber que ela mudou o "status" do relacionamento de "casada" para "namorando". Não significa muito, aparentemente. Mas juntando isso ao fato de ela, vez por outra, vir me deixar recado, me perguntando como estou e dizendo que sente minha falta nas manhãs que vai ao trabalho, temos um quadro possível de esperança...